Repentinamente, inquérito de Aécio volta a andar
08/05/2020 às 13:31 Ler na área do assinanteAécio Neves é atualmente integrante do baixíssimo clero da Câmara dos Deputados. Está quieto, desmoralizado, mas solto.
Em 2014, quase foi eleito presidente da República.
Depois, flagrado em ato condenável, foi destruído pela mídia, mas conseguiu manter o seu foro privilegiado.
Tecnicamente, ainda é primário e de bons antecedentes, sem qualquer condenação criminal em sua ficha. Isso pode mudar.
Aécio, junto com outras 11 pessoas, foi indiciado pela Polícia Federal como responsável por irregularidades no processo milionário de licitação na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais - sede do governo mineiro - durante o seu mandato como governador.
Foi delatado na Operação Lava Jato pelo ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior.
Desde 2018, a investigação contra Aécio e sua turma estava travada, entretanto, a conclusão do inquérito agora chegou ao fim e o tucano deve responder por corrupção, desvio de recursos públicos e falsidades, por embolsar quase R$ 750 milhões, em valores atualizados.
Ao que tudo indica, a Justiça deve aceitar o inquérito da PF, e se condenado, Aécio pode pegar até 41 anos de prisão.
Sua manobra de “silêncio” nos últimos anos parece ter chegado ao fim.
A defesa de Aécio, afirmou em nota que a conclusão do inquérito é “absurda”.