Todos os dias, ao ligarmos a TV para assistir o Jornal da Globo, aparece Bonner e sua ajudante Renata, indignados, escorraçando brasileiros livres que participaram de manifestações “contra o Supremo” e “contra a Democracia”.
Brasileiros “que pediram o fechamento do Supremo”.
Contra eles será aplicada a “Lei de Segurança Nacional”.
Então ele chama um “especialista” que esclarece ao povo brasileiro “como é admirável ter um Supremo”, “como é necessário que a Nação tenha um Supremo”, “como é importante a nação possuir um Supremo e nele homens sábios, prudentes, justos”.
Será verdade que os seres superiores que compõe o nosso “Supremo” é gente séria ou Bonner mente?
É um tribunal técnico e imparcial ou Bonner mente?
Ou é um tribunal político e seus membros julgam politicamente de acordo com as diretrizes do momento, ditadas pela mídia e Bonner tenta enganar a todo país?
Leia a história abaixo e tire suas conclusões.
Ela está relatada no livro de Saulo Ramos, advogado, jurista, político, ministro da Justiça de Sarney e escritor, morto em 2013, em seu livro “O Código da Vida”, pág.170.
É uma história jamais desmentida.
O caso se deu assim:
Ao sair da Presidência, espertamente, José Sarney candidatou-se a Senador pelo estado do Amapá e o caso foi parar no Supremo. Ocorre que Sarney jamais morou ou votou no Amapá, apenas calculou a chance de uma eleição mais fácil, após uma presidência das mais catastróficas, seus adversários, então, pediram a impugnação de sua candidatura ao Senado.
O caso foi a julgamento no Supremo. No julgamento, Celso de Mello, indicado por Saulo Ramos para Ministro do Supremo, votou pela impugnação de Sarney.
Após o ato, Celso de Mello telefonou a Saulo Ramos: - queria explicar porque tinha votado contra Sarney. Eis o diálogo, em conversa telefônica, exposto no livro:
— Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do presidente.
— Claro! O que deu em você?
— É que a Folha de S.Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de S.Paulo. Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do presidente.
— Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S.Paulo noticiou que você votaria a favor?
— Sim.
— E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?
— Exatamente. O senhor entendeu?
— Entendi. Entendi que você é um juiz de merda!
Celso de Mello é ou não é um “Juiz de Merda”, como disse Saulo Ramos?
Em outro voto no Supremo, Celso de Mello enterrou a prisão em segunda instância. Garantiu assim a impunidade de criminosos de colarinho branco, de corruptos e corruptores.
Celso de Mello é ou não é um “Juiz de Merda”, como disse Saulo Ramos?
Fora dos autos, disse Celso de Mello sobre Bolsonaro: é “uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce”.
Como Celso de Mello pode conduzir um inquérito contra Bolsonaro se já investigou, julgou e proferiu sentença condenatória publicamente?
Pela Lei, não pode, tem que se declarar impedido.
Celso de Mello é ou não é um “Juiz de Merda”, como disse Saulo Ramos?
A “Mídia” diz que o Supremo é um tribunal técnico e imparcial e constituído por gente séria. No entanto, todos cargos de juízes da Suprema Corte foram indicados e sabatinados por políticos.
Vejamos um pouco do histórico de alguns dos 11 Supremos:
Dias Toffoli é o Presidente do Supremo. Dias Toffoli foi reprovado duas vezes em concurso público para juiz de primeiro grau. Para ser membro do Supremo tem que possui notável saber jurídico. Dias Toffoli foi advogado e assessor do PT, amigo de Zé Dirceu e Lula da Silva, dois criminosos presidiários.
Para ser membro do Supremo tem que ter reputação ilibada.
Marco Aurélio Mello é primo de Collor. Em maio de 1990, Marco Aurélio Mello foi nomeado pelo presidente Fernando Collor de Mello, seu primo, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
O Tribunal adota abertamente o que ele condena.
Gilmar Mendes, nomeado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2002.
Entre 2002 e outubro de 2017, foi alvo de oito pedidos de impeachment, nenhum deles aceito.
Alexandre de Moraes, nomeado por Michel Temer (MDB) em 2017, ministro da Justiça do presidente Michel Temer (MDB).
Luís Roberto Barroso, nomeado por Dilma Rousseff (PT) em 2013.
Antes trabalhava como advogado e atuou nas ações que conquistaram no STF o reconhecimento da união estável para casais do mesmo sexo.
A conclusão que podemos tirar disso tudo é que O SUPREMO é um tribunal político, são escolhidos por políticos e seus membros julgam politicamente.
São orientadas pela correlação de forças, que eles identificam na Mídia.
Os protestos, portanto, senhores, não são CONTRA O SUPREMO, como quer fazer crer Bonner e a Rede Globo, mas contra as indignidades que a população identifica no Supremo.
Os protestos não são ANTI-DEMOCRÁTICOS, mas sim, VERDADEIROS e expressam toda repulsa que a população sente pelo caos que as esquerdas implantaram no país durante 17 anos e que as classes abastadas querem manter a qualquer preço!
Carlos Sampaio. Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM).