Brasileiro pede socorro para salvar o pai da ditadura de Maduro (veja o vídeo)
03/05/2020 às 07:16 Ler na área do assinanteMesmo com a pandemia, os problemas com a tirania na nossa vizinha Venezuela não param, pelo contrário.
A TV Jornal da Cidade Online conversou com João Rafael Romero Vianna, cujo pai, o venezuelano Oscar Rafael Perez Romero, foi sequestrado pelas forças policiais do ditador.
João teme que Romero, que tem 65 anos e é coronel da reserva, esteja sendo torturado para delatar apoiadores de Juan Guaidó, opositor de Maduro.
De acordo com Vianna, que é filho do militar com uma brasileira, o governo da Venezuela já estava vigiando os passos de Romero há bastante tempo:
“Meu pai estava presente no ato de 30 de abril de 2019, na autoproclamação do Guaidó, e Maduro fez uma lista negra de pessoas influentes, que poderiam ser uma ameaça ao regime dele, e meu pai foi inserido. Na última segunda-feira, dia 20, houve uma tentativa de libertação de presos políticos, em Caracas, e quatro oficiais que fizeram parte dessa ação, que foi frustrada, eram alunos do meu pai na faculdade onde ele dá aula. Durante a investigação com esses oficiais, chegaram até meu pai. Quando ele soube dessa investigação, fugiu de casa, foi se refugiar na casa de um casal de amigos. A inteligência chegou até eles, espancaram e levaram eles”, contou o filho, muito aflito.
Oscar Romero chegou a viver no Brasil, entre os anos de 1979 e 1985, e cursou Educação Física na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Foi aqui que ele conheceu a mãe de João Rafael. Ele voltou para a Venezuela e sempre foi contra a ditadura, desde a época de Hugo Chavez. Ele participou, inclusive, da tentativa de retirada de Chavez do poder, mas não deu certo, e Romero teve que sair da Venezuela para não ser preso. Emocionado, o filho lembra da coragem do pai e pede ajuda às autoridades.
“Quando existe um sequestro desse tipo, sem qualquer acusação formal, sem noticiar a família, o homicídio é certo, nem o corpo aparece, isso é o que tem acontecido com as pessoas que são tidas como ameaça para o regime do Maduro”, ressaltou.