O Brasil vem conhecendo 'estarrecido' nomes exóticos que povoam o seu imaginário e sua realidade.
Depois de aedes aegypti, zika virus, no meio à crise geral, Matopiba será mais um nome exótico a se tornar conhecido.
Muitos perguntarão: de que região da África é Matopiba? Que nova doença é essa?
Não é nenhuma tribo africana, tampouco uma doença.
No meio ao desânimo geral, influenciado pelos indicadores negativos da economia, ou da interminável briga entre Dilma e Eduardo Cunha, Matopiba emergirá como a "salvação nacional". Onde a crise é o excesso de produção, onde o crescimento "chinês" é continuado, os empregos crescentes, destoando das baixas no resto do Brasil.
Matopiba emergirá como o novo "eldorado", logo criticado pelos ambientalistas, temerosos com a desertificação do cerrado brasileiro. Ou pelos "industrializantes" que não aceitam um Brasil sustentado pelas commodities.
Apesar da baixa das cotações internacionais das commodities, em geral, e dos percalços climáticos, a nova fronteira agrícola que envolve quatro estados brasileiros: Maranhão, Tocantins, Piaui e Bahia segue com forte tendência de crescimento. Será a "bola da vez" nas campanhas eleitorais de 2018, podendo emergir ainda em 2016.
A antecipação poderá ocorrer pelo desespero do Governo em mostrar algo positivo. O que poderá "dar zica".
Para a maior parte da população brasileira, principalmente para a parte urbana do sul, sudeste, Matopiba será apenas uma imagem a povoar o imaginário.
A sua difusão nacional ocorrerá com uma inevitável nova novela da Globo, ambientada na região.
Jorge Hori
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Jorge Hori
Articulista