Aborto foi, é, e sempre será assassinato!

24/04/2020 às 05:51 Ler na área do assinante

Antes mesmo de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que viesses ao mundo, Eu te separei e te designei para a missão de profeta para as nações!” Jr 1:5

A vida é o mais bondoso, perturbador e sublime dom que recebemos; bondoso, pois sem nada merecermos, surgimos neste mundo, cheios de potencial tanto para o mais sublime como para o mais grotesco, perturbador, pois a depender das circunstancias que envolvem o nascimento e de quem nos acolhe, podemos celebrar cada dia nesta vida ou amaldiçoar cada segundo, sublime, pois o despertar para este mundo é a mais desafiadora e recompensadora aventura para todo aquele que não abraça o conformismo, vitimismo e podridão ideológica marxista.

No Brasil o aborto é, ainda, crime, embora a sociedade, graças especialmente, a uma mídia e classe artística esquerdista, a cada dia tende a aceitar o aborto como assunto restrito as mulheres e, portanto, cabe aos homens silenciar-se no debate público; isso se chama lugar de fala, um dos desdobramentos do câncer chamado politicamente correto, e uma hipocrisia levada a ferro e fogo pelo feminismo.

Primeiro, as feministas não tem poder nem direito de impedir que um homem opine sobre qualquer assunto; elas afirmam que só as mulheres podem vivenciar tal fato e consequentemente são as únicas que podem analisá-lo de modo adequado.

Mentira, sordidez e ignorância. Em um debate são os fatos que devem sustentar os argumentos e não os sentimentos servir de base para a argumentação, como afirma o conservador Ben Shapiro: “os fatos não se importam com meus sentimentos”.

Portanto, independente do sexo do debatedor, é a lógica e os dados que importam.

Segundo, as feministas não permitem que toda mulher acesse ao debate, somente as da mesma bolha ideológica esquerdista, sendo as outras censuradas e humilhadas.

Alguma feminista aplaude Sara Winter, Thais Azevedo ou Ana Campagnolo? Não, mas louvam funkeiras cujas músicas louvam o estupro e a objetificação da mulher.

O feto é uma vida humana e segundo a Convenção Americana sobre Direitos do Homem, (Pacto de São José da Costa Rica-Organização de Estados Americanos -OEA), promulgada no Brasil pelo Decreto n° 678/92, Dispõe o art. 1.2: "Para efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano". Dispõe no art. 4.1: "Toda pessoa tem o direito que se respeite sua vida. Este direito estará protegido pela lei e, em geral, a partir do momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.”

Muitos cientistas dirão que a vida, de fato começa na concepção, o momento onde surge um individuo único, possuindo carga genética completa e distinta dos genitores, outros dirão que com a formação do sistema nervoso, a partir da terceira semana. Essa discordância devia em si ser suficiente para que a preservação da vida estivesse garantida, até que uma unanimidade científica seja estabelecida.

No Brasil pelo Código Penal, fora o aborto que ocorre por causa natural, há três casos onde tal ato não é qualificado como crime: 1) em caso de risco de vida para a gestante, (2) quando a gestação é fruto de um estupro ou (3) caso o feto seja anencefálico.

O julgamento que o STF marcou para hoje (24) poderá decidir em favor que grávidas infectadas por zika vírus possam ‘assassinar’ seus filhos; Uma evidência de como a mentalidade eugênica impregnou o ocidente, onde há países que já permitem o aborto caso a criança seja diagnosticada com síndrome de Down e lábio leporino, por exemplo.

A vida fora da perfeição idealizada por pais, ideólogos e políticos é somente algo a ser descartado. Irônico que os mesmos que defendem a vida em formação dentro de um ovo de tartaruga, a ingenuidade e inocência de um assassino e traficante menor de 18 anos, são os mesmos que advogam o ato de matar um inocente como um direito da mulher.

Nenhum ser humano deve ter o direito de determinar a existência de outro individuo.

Frank Stephens é um ator, advogado e palestrante brilhante, para muitos, sua vida deveria ter sido exterminada por ser portador da síndrome de down, mas em um painel formado por membros do Congresso americano, ele defendeu seu direito a vida e a de todo bebê que nascer portando a mesma síndrome ou outras desabilidades.

Ele defendeu a vida para além do egoísmo e da cegueira ideológica que contamina o ocidente.

Voltamos, ao que parece, a desejar legalizar a barbárie espartana e a solução final que higienizará o mundo de pragas.

Queremos sacrificar filhos e filhas diante do altar pagão do socialismo e da mesquinharia. Uma vida não pode ser destruída para favorecer irresponsáveis que somente desejam o prazer sexual sem arcar com responsabilidades.

O aborto nunca deveria ser uma bandeira de direito e luta por igualdade.

Uma questão de saúde pública devia versar sobre a vida e não a morte.

O ser humano vem se tornando mais demoníaco que o próprio diabo.

Carlos Alberto Chaves Pessoa Júnior

Professor. É formado em Letras pela UFPE.

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