As várias cabeças de uma mesma serpente

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A história contemporânea brasileira vem revelando as entranhas que até então a nação desconhecia por inteiro.

Em 2018 a maioria pensou que vencer o PT bastaria. Não bastou.

Na verdade, a esquerda foi ao poder por ter feito uma negociata tácita com o “centrão”, que é o conjunto dos aristocratas oligarcas medievais que mandam no Brasil desde o fim do império.

Esses descobriram que era mais fácil e rentável ficar dirigindo dos bastidores, do que pôr a cara para bater na linha de frente.

Então, criaram as figuras dos líderes imaginários, que vão desde FHC à Dilma. No entanto, o PT fugiu do controle e não quis mais dividir o butim.

A oligarquia se revoltou e acionou seus tentáculos para derrubar Dilma. Tentou dar sobrevida a Temer. Sempre e ainda agora, agem sob os auspícios da Rede Globo, o braço da comunicação mantido por essa minoria, sempre com absurdas e gordas verbas do erário.

Com o advento das mídias sociais, a sociedade começou a participar e a ficar informada na velocidade do pensamento.

Abraçou a candidatura de Jair Bolsonaro e não o largou mais.

Inteligentemente, o “centrão” saiu de cena e deixou as cabeças da esquerda rolar, apostando na fragilidade de Bolsonaro, um líder que para a aristocracia medieval é tosco e despreparado. Só que não!

Apanhando como cachorrinho na horta, o Presidente tem se mostrado, honesto, sincero, patriota, firme, forte e resiliente.

E olha que esse homem tem apanhado. Mas quanto mais é maltratado, mais se mostra profundo o apoio da sua base social, sólida, atenta e participativa.

Como se não bastasse ter que escorraçar a esquerda, agora tem a dura missão de eliminar para sempre o “centrão”, que é um velho inimigo do Brasil, assentado no Parlamento, no STF, nos Tribunais de Contas e nas estruturas de poder.

E quem representa essa minoria no momento são poucas figuras públicas, personificadas em Rodrigo Maia. Eles estão desesperados.

A coisa saiu do controle e pela primeira vez correm o risco de serem varridos das suas mamatas e retirados das tetas gordas do poder.

A lógica é a seguinte: se Bolsonaro vencer essa minoria, terá feito a limpeza que a maioria da nação deseja que seja feita.

Perderão acesso ao oxigênio financeiro que mantém as estruturas corruptas e corruptoras.

O Brasil estará livre!

Então, eles tem feito de tudo para impedir o sucesso do Governo.

Observem os movimento de Rodrigo Maia, sustentado pela Globo, por governadores do “esquema” e por alguns ministros do STF que fazem parte da estrutura: deixou caducar as medidas provisórias do 13º do bolsa família, da carteira estudantil, da revogação do imposto sindical, da publicação de balanços; desfigurou completamente o pacote anticrime e de combate à corrupção; enfraqueceu a operação lava-jato com a lei de abuso de autoridade; articulou o aumento do fundo partidário e impediu seu uso para combate à COVID-19; aprovou o orçamento impositivo; não põe em pauta o marco do saneamento de gastos, da PEC emergencial 186/19 e do pacto federativo; junto com o Senado não vota a prisão em segunda instância dando chances para que a nata da aristocracia medieval corrupta não seja investigada, nem punida e mesmo quando condenada, saia às ruas e goze a vida com os bilhões que roubaram.

Agora, neste exato momento, articula com os seus, a completa desfiguração do Plano Mansueto que é um programa de acompanhamento e equilíbrio fiscal, que em síntese visa ofertar aos Estados uma solução para que consigam equilibrar suas folhas de pagamento e quitem suas despesas mais urgentes.

Ao deturpar completamente o plano, Maia e os seus querem duas coisas: esvaziar o tesouro da União dando dinheiro a rodo para governadores perdulários e aliados, sem que estes cumpram com contrapartidas mínimas de rigores gerenciais; cooptar governadores maus gestores e aliados oligarcas para que tenham caixa e o usem de forma descontrolada e irresponsável para manter mamatas, sustentando privilégios e privilegiados para combater Bolsonaro, alimentando estruturas corruptas e enchendo o caixa da grande mídia para obter apoio.

O Botafogo sabe que só assim para vencer Bolsonaro. Sem isso, estarão absolutamente acabados e serão varridos da história do Brasil.

E, se Bolsonaro se manter, adeus às mordomias, as grandes jogadas de corrupção, a ação entre amigos para proteger essa minoria e às verbas para cobrir a Globo e enriquecer os Marinho.

Ainda mais que em outubro tem eleições e currais precisam ser mantidos e em novembro se aposenta um dos ministros do STF que tem dado abrigo a essa casta de privilegiados.

Rodrigo Maia é um perigo e é o maior inimigo do Brasil neste momento. Junto com a Globo, com governadores e alguns membros do STF, conspiram pela própria sobrevivência.

Para isso, tem que matar Bolsonaro politicamente (já que não foi possível a sua morte física, tentada sabe-se lá a mando de quem?).

Não se iludam, eles são fortes e organizados.

Para derrotá-los vamos ter que fazer muita força.

“Não esqueçamos que eles, contam, além dos milhares de beneficiários das próprias torpezas, com a omissão de sempre dos isentões”, dos desinformados, dos mal informados e dos niilistas que pensando estarem numa conduta ética, estão mesmo é enredados até o pescoço por uma grande serpente com várias cabeças que quer asfixiar lhes o ar para raspar-lhes o bolso, a dignidade e qualquer expectativa de futuro numa pátria livre!

Foto de Luiz Carlos Nemetz

Luiz Carlos Nemetz

Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz

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