Contas de Witzel na mira da justiça (Veja o vídeo)
18/04/2020 às 17:45 Ler na área do assinanteEm tempos de pandemia, os oportunistas podem encontrar um terreno mais fértil ainda para desviar recursos dos cofres públicos. Felizmente, ainda existem parlamentares que cumprem seu papel e estão de olho para verificar possíveis irregularidades.
O deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ) entrou com pedido no Ministério Público do Rio de Janeiro e no Tribunal de Contas do Estado, para que fiscalizem os contratos celebrados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro no âmbito do combate ao vírus chinês.
O montante de recursos negociados sem licitação já passa de R$ 1,5 bilhão. E, estranhamente, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, em 09.04.2020, tornou sigilosos todos os processos administrativos que se referem às contratações emergenciais.
“Eu vejo o governo Wilson Witzel perdido, eu vejo um governador que não possui habilidade política, era um juiz. Quando você é um governador, tem que se cercar de pessoas muito competentes e, principalmente, honestas, com compromisso de desenvolvimento e boa política para seu estado. Eu vejo o governador sonhando muito em ser presidente, esquecendo de ficar de olho nas pessoas que o cercam, e que estão tomando ações como essas, no Executivo, que põem em dúvida o princípio da boa administração pública e da transparência, a responsabilidade e o bom uso do recurso público”, ressaltou o deputado em entrevista à TV Jornal da Cidade Online.
Outro contrato que chama atenção foi o realizado com a organização social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), que teve ignorado um histórico de má gestão em unidades de saúde e foi contratada por R$ 835 milhões para construir e administrar os 1.400 leitos dos sete hospitais de campanha previstos para o estado do Rio de Janeiro.
Na mesma linha, Luiz Lima cita, ainda, os contratos celebrados com a A2A Comércio, Serviços e Representações, no valor de R$ 59,4 milhões por 300 ventiladores pulmonares, e com a Total Med Comércio e Importação de Produtos Médicos Hospitalares, no valor de R$ 36 milhões para fornecer testes rápidos para o Covid-19 — ao custo de R$ 180 por unidade, todos aparentemente com valores acima dos praticados pelo mercado.
“A crise que o Brasil e o Rio de Janeiro passam é inegável. Com a escassez de recursos que viveremos nos próximos tempos, não podemos permitir nesse momento qualquer transgressão à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, ou, ainda, qualquer ilegalidade de ato ou em contrato em execução”, completou o deputado.
Veja o vídeo:
da Redação