A importância da educação para a carreira profissional do trabalhador tem sido enfatizada como fator que lhe proporciona melhores oportunidades de emprego e de renda.
Essa perspectiva individual pode significar que esse trabalhador estará melhor preparado para seguir carreira no exterior, buscando melhores oportunidades.
Nesse sentido, tenho um exemplo doméstico. Dos meus cinco filhos, três já estão no exterior, com brilhantes carreiras no Canadá, em Nova York e em Montevideo, após passar pelos EUA. O mais novo está se preparando para ir para Sidney, Austrália, já empregado por uma start-up.
Todos bem preparados, pelas melhores escolas primárias, secundárias e superiores.
Do ponto de vista micro, os serviços recebidos foram pagos. Com benefícios individuais.
Do ponto de vista macroeconômico, uma perda. Um custo, um investimento, mas sem benefício.
Quando eles voltarem, se voltarem, poderá haver benefícios maiores. Por enquanto não.
Para efeito positivo no mercado de trabalho e macroeconômico, não basta o processo educacional formar ou preparar bons empregados.
Precisa formar bons empregadores: empreendedores capazes de criar e gerir empresas de sucesso, com uma grande geração de empregos de qualidade. Para os quais haverá necessidade de empregados qualificados.
Esses empreendedores são de três naturezas:
Executivos que irão dar continuidade e promover o crescimento de empresas existentes. Serão empreendedores de segunda, terceira ou mais geração, sendo que alguns serão donos das empresas;
Empreendedores que irão criar e desenvolver grandes empresas, baseadas na reunião de capitais, próprios ou proporcionados por fundos de investimentos;
Pequenos e médios empreendedores organizadores de "start-ups", baseados mais no trabalho do que no capital, mas que pelo sucesso podem se tornar grandes empregadores.
Qual será a contribuição que o sistema educacional dará para a formação ou capacitação desses novos empregadores.
Do sucesso deles dependerá a geração de oportunidades para os que forem melhor formados pelo sistema educacional.
A visão do lado dos empreendedores é de que eles não terão sucesso se não contarem com disponibilidade de mão-de-obra qualificada.
A dificuldade maior estaria na produtividade. As empresas precisariam dispor de gente mais qualificada para ter maior produtividade e, com isso, maior competitividade.
Jorge Hori
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Jorge Hori
Articulista