Como seria o enfrentamento do Coronavírus se o presidente fosse o poste de presidiário
04/04/2020 às 20:37 Ler na área do assinanteUm breve exercício de imaginação é útil para organizar as ideias e jogar um pouco de luz sobre a nebulosa confusão do momento, da qual oportunistas imorais tem se aproveitado para posar de humanistas indignados.
Imunizar-se contra os males da memória curta também é importante em tempos de calamidade pública.
Em um ano de governo, é provável que os adoradores de Lula já tivessem concluído sua devassa na Lava Jato, podendo aproveitar esse início de 2020 para se concentrar exclusivamente nas oportunidades que o vírus chinês lhes concederia.
Pense, por exemplo, em como um marxista declarado e admirador da União Soviética, como Fernando Haddad, aproveitaria as atuais circunstâncias para fazer o estado avançar sobre as liberdades do brasileiro.
Alguém duvida de que haveria confisco de produtos, em nome do combate ao vírus?
Intervenções estatais violentíssimas na economia?
Pesada taxação de heranças e congelamento de preços certamente também estariam na lista de decisões “duras, mas necessárias”.
No campo, produtores rurais seriam obrigados — e com urgência — a ceder terras ao MST, já que eles também entrariam no grupo de risco.
Outro oprimido que seria salvo pelos cofres públicos do Brasil, com certeza, seria Nicolás Maduro, para quem seriam concedidos empréstimos a fundo perdido, mas tudo em nome da solidariedade tão necessária entre vizinhos.
O mesmo amor seria expresso — por meio de contratos, é claro — ao governo cubano, que enviaria muitos médicos para salvar nosso país, obtendo assim um justo reconhecimento – e 80% do salário de cada um desses profissionais semiescravos.
Os comunistas da China não seriam esquecidos. Aqueles mesmos que presentearam o mundo com mais uma peste — depois de terem escondido informações sobre a doença por mais de um mês — seriam privilegiados na compra de insumos para o tratamento de doentes no Brasil, bem como a importação de uma suposta vacina, mesmo que os testes de eficácia da mesma sejam bem menos transparentes do que as das vacinas desenvolvidas nos Estados Unidos.
Enfim, se o Brasil enfrentasse o coronavírus sob a liderança da esquerda, veríamos o surgimento definitivo de uma nova Venezuela em nosso continente.
Ter isso em mente é fundamental para entender a atual realidade com uma perspectiva mais realista.
A maior parte das críticas que o governo Bolsonaro vem recebendo procede de gente que torce apaixonadamente pelo agravamento dos problemas, por um maior número de mortos, pelo colapso na economia. Eles o fazem das redações de jornais, dos sindicatos e até do Congresso.
Há um abismo de distância entre a mentalidade dessa gente e aquilo que o brasileiro médio pensa. Para eles, não há critérios morais, não há compaixão cristã por quem sofre. Só há amor pelo poder e narrativas úteis para atacar um inimigo e tomar o seu lugar. Eles são obcecados por isso, embora alguns saibam disfarçar muito bem.
Sempre que ouvir uma dessas vozes inflamadas, esforçando-se loucamente para contagiar os outros, dê uma boa olhada no emissor do grito. Não é um herói o que você vai encontrar.
Filipe Barros. Deputado Federal.