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Estudo de 2017 aponta que doenças relacionadas à gripe provocam até 650 mil mortes por ano no mundo
28/03/2020 às 05:46 Ler na área do assinante
A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente nos meses do outono e inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no sul e sudeste do país. Durante uma epidemia sazonal de influenza, cerca de 5% a 15% da população é infectada, resultando em aproximadamente 3 a 5 milhões de casos graves por ano.
Outro dado relevante é que 650 mil pessoas morrem anualmente por doenças respiratórias relacionadas à gripe. A estimativa foi divulgada em 2017 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de levantamento do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (US-CDC, na sigla em inglês). O número é maior do que o último estudo, divulgado há dez anos, que indicou até 500 mil óbitos anuais.
A maioria das mortes ligadas à gripe ocorre nas regiões mais pobres do globo. A África Subsariana, o Leste do Mediterrâneo e o Sudeste Asiático são as áreas com maior risco de óbitos em consequência dessas enfermidades. As nações em desenvolvimento são responsáveis por quase todas as perdas de crianças com até 5 anos por essa causa.
Na análise por faixa etária, a maior ocorrência do problema está entre pessoas com mais de 75 anos, com taxa de 223 mortes a cada 100.000 indivíduos. No grupo entre 64 e 75 anos, o índice cai para até 44 óbitos a cada 100.000 indivíduos, e para homens e mulheres com idade abaixo de 64 anos, a taxa de mortes é de 6,4 a cada 100.000 habitantes.
Segundo os autores do estudo original usado como base para a divulgação da OMS, levantamentos anteriores subestimaram o problema e as causas do índice devem ser melhor investigadas por autoridades de saúde e pesquisadores, incluindo causas não relacionadas à respiração.
Fonte: OPAS e EBC