Praga chinesa: quarentena desabastece os bancos de sangue do país (veja o vídeo)
27/03/2020 às 07:45 Ler na área do assinanteA quarentena obrigatória de toda a população brasileira já está cobrando seu preço. Em entrevista exclusiva por telefone à TV Jornal da Cidade Online, o médico Luiz Amorim, diretor do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio de Janeiro, revela que o número de doadores de sangue nos hemocentros de todo o país caiu 50% e isso causa um grande impacto, porque existem muitas pessoas em hospitais que dependem do sangue que é doado nas instituições.
“O sangue doado no Hemorio vai para cerca de 100 hospitais da cidade e do estado, as pessoas dependem desse sangue para sobreviver, gente que faz tratamento de câncer, como quimioterapia, cirurgias cardíacas, de grande porte, pessoas que sofrem traumas, acidentes... essas pessoas precisam de transfusão, e a doação de sangue é o único meio até hoje de ter sangue disponível”, ressaltou o médico.
De acordo com Amorim, a saída de casa para doar sangue está entre as saídas consideradas como essenciais. “É estimulado que as pessoas saiam, para que possam salvar vidas. Estamos trabalhando fortemente para atender rapidamente quem vai doar sangue”, destacou o médico.
O Hemorio normalmente atua também realizando coletas móveis, recolhendo sangue nas empresas e instituições que se dispõem a doar. Essas coletas representam 35% das doações. Com a quarentena, empresas, universidades e escolas pararam de funcionar, logo, a instituição está adotando novas estratégias para garantir o abastecimento do banco de sangue. Uma delas é fazer a coleta em instituições como Corpo de Bombeiros, Polícia e Forças Armadas.
Para quem estiver no Rio de Janeiro e puder doar, há um número gratuito para agendar a coleta: 0800 282 0708. O Hemorio está aberto todos os dias, das 07h às 18h. Mais informações no site da instituição: http://www.hemorio.rj.gov.br/
Veja o vídeo:
da Redação