Estamos exagerando no remédio, matando milhões de pequenas empresas, que geram milhões de empregos

24/03/2020 às 20:03 Ler na área do assinante

A sabedoria popular sempre disse que a dose de um remédio não pode ser grande demais, sob risco de matar o paciente.

Estamos caminhando para uma recessão mundial sem precedentes na história.

Isso porque cessando a circulação de pessoas, estamos matando milhões de pequenas empresas, que geram muitos milhões de empregos.

Haverá demissões em massa sem precedentes, e novamente a classe mais desafortunada da população é a que mais sofrerá.

Mas, podemos pensar, é para uma causa necessária, afinal temos uma pandemia acontecendo e que pode matar milhares de pessoas.

Mas qual será o alcance real desta pandemia?

Pelos números atuais podemos prever que em 30 dias teremos cerca de 10 milhões de infectados com cerca de 400.000 mortes.

Depois disso é difícil prever, pois entrarão os efeitos das medidas de contenção, e temos possíveis remédios (não vacinas) que parecem ser promissores e serão rapidamente distribuídos.

Não são números desprezíveis, é realmente uma tragédia. Mas vamos analisar os números abaixo acerca do nº de mortos por outras doenças infecciosas em 2018.

A fonte é a Revista Exame, quem quiser verificar segue o link.

https://exame.abril.com.br/brasil/da-raiva-a-colera-as-doencas-infecciosas-que-matam-mais-que-o-coronavirus/

Tuberculose - 1,5 milhão

Hepatite B e C - 1,34 milhão

HIV - 770 mil por complicações da doença

Gripe - 650 mil

Malária - 405 mil

Meningite - 170 mil

Cólera - 143 mil

Raiva - 59 mil

Febre Amarela - 30 mil

Dengue - 25 mil

Total - 5,092 milhões.

Estes são números de 2018.

Ou seja, acontece todos os anos.

São 51 milhões por década.

Porém, o mundo nunca parou por estas doenças.

Só que agora, poderá ser adicionado 400.000 de um surto do coronavírus com um número inimaginável de pessoas por fome e doenças da pobreza devido à imensa recessão que estamos criando.

Já passou da hora de pensarmos se o remédio não irá matar o paciente.

(Texto de Mario Spadoni Filho. Engenheiro e empresário)

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