Avanço da Netflix assusta e gera contra-ataque de operadoras de TV
25/01/2016 às 05:24 Ler na área do assinanteAs operadoras de TV paga no Brasil detinham até o início do ano passado cerca de vinte milhões de clientes. No decorrer de 2015 perderam cerca de um milhão.
O motivo de tamanha queda deve-se ao crescimento no Brasil da Netflix, um serviço de streaming que oferece na internet filmes e programas variados a preços bem menores que todas as operadoras.
A Netflix é uma empresa americana, criada em 1997, que - enquanto as operadoras cobram pacotes, que variam de R$ 70 a R$ 300 - oferece filmes e programas por mensalidades de R$ 19,90 e R$ 29,90 (qualidade HD).
As ações da Netflix são negociadas na Bolsa nos EUA e tiveram valorização de quase 140% (em dólar) no ano passado.
No Brasil estima-se que a empresa já tenha algo próximo de 4 milhões de assinantes e tenha faturado mais de R$ 1 bilhão no ano passado.
Desta forma, as operadoras decidiram centrar fogo naquela que consideram a culpada maior da fuga de clientes.
As operadoras acionaram um megalobby em Brasília, que vai atuar em várias frentes:
1- Querem que a Ancine exija da Netflix o pagamento da Condecine (taxa em torno de R$ 3.000 por cada filme do catalogo);
2- Querem que o governo obrigue a empresa a ter pelo menos 20% de produção nacional em seu inventário;
3- Defendem que todos os Estados da federação passem a cobrar ICMs das assinaturas (leia-se: dos clientes);
4- Estudam uma forma de cobrar ou da Netflix ou de assinantes de banda larga uma taxa "extra" quando o cliente usar streaming; a justificativa é que o serviço "consome muita banda larga".
A briga promete capítulos emocionantes...
da Redação
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