O inexplicável protecionismo à ditadura comunista chinesa

22/03/2020 às 14:55 Ler na área do assinante

Quem foi criança na década de 80 assistiu de camarote o desastre nuclear de Chernobyl.

Naquela época, ninguém criou eufemismos que aliviassem a culpa da União Soviética. Não havia um batismo como radiação-19 ou corona-átomo.

Não havia gente caçando outros “culpados”. Se algum governante brasileiro falasse que a radiação veio da URSS, possivelmente, nem entraria em debate, pois se tratava do óbvio.

Mas isso foi em 1986.

Em 2020, falar que a origem do mal está na China é ofensivo com direito a postagem de desculpas em rede social de gente “bem-intencionada”, ainda que o povo de lá nem tenha rede social pra ler essas desculpas ou, sei lá, talvez, quem sabe, postar que existe um vírus bem perigoso que a ditadura não permite publicar. Vai que...

Por mais inapropriada que sejam algumas condutas do presidente, ele tem acertado muito mais do que errado. Mas o que estamos lendo, diariamente, é que acertos não são dele, são da equipe (Algum extraterrestre deve ter escolhido esta equipe).

A exemplo de Chernobyl, a ditadura do Partido Comunista Chinês, caçou e prendeu cientistas e jornalistas que tentaram alertar do risco dessa pandemia, escondeu a gravidade da explosão em seu território, o que impediu que várias medidas preventivas fossem tomadas. Resultado: 15 mil mortes.

Diferente de 1986, Falta pouco pra provarem que o vírus surgiu, não de uma ditadura comunista, mas do condomínio em que morava Bolsonaro, segundo o porteiro com memória de gênio.

(Texto de Tercio Baggio)

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