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Com respeito à memória de Gustavo Bebianno, mas rancor concentrado pode causar infarto
15/03/2020 às 07:36 Ler na área do assinante
Gustavo Bebianno
Com todo o respeito à memória do ex-ministro Gustavo Bebiano, em exibição no Roda Viva da TV Cultura, na noite desse sábado (14/03/2020), a entrevista me trouxe uma referência circunstancial: rancor concentrado pode causar infarto.
Não trouxe nada de novo a não ser uma nítida sensação de ser detentor de um apurado senso de oportunismo e uma fúria íntima recalcada.
Com palavras lapidadas e úmidas de veneno, se portou exatamente como o agente político que foi percebido e demitido pelo Presidente: inconfidente, desleal e infiel.
Chegou a dizer que “Jair Bolsonaro foi eleito graças ao Fernando Henrique Cardoso!”.
Como ser humano, lamento e me solidarizo com a dor da sua morte.
Me fez lembrar os casos de família onde atuei, quando após a ruptura de uma boa relação conjugal, um dos cônjuges sai às ruas amargurado pela perda do “status” difamando o outro, lançando em meias palavras insinuações sobre a moral e a intimidade alheia, na esperança ilusória de melhorar o valor da partilha.
Um triste e pobre legado...
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz