Ronaldinho foi algemado, levado ao MP sem ter que passar por delegacia de polícia (lá não existe delegado) e não houve nenhuma proibição para que seu rosto e sua identidade fossem revelados à imprensa paraguaia (ou internacional) como agora passamos a ter no Brasil.
A reportagem do jornalista e ex-médico Dráuzio não seria possível no Japão.
Aquele pais que, de vez em quando, a mesma rede de televisão mostra como exemplo de organização e disciplina, possivelmente teria condenado a trans assassina de criança a pena de ENFORCAMENTO.
Sim. Pena de morte tem por lá. Também algemam seus presos e seu crime seria processado rapidamente sem passar pela delegacia de polícia.
O número de vezes que o detento pode ver seu advogado é limitado.
Também não há progressão de regime mesmo que você se torne um monge.
Para essas duas culturas, se você cometeu um crime o problema é seu. Cadeia não é assistência técnica de gente que busca “ressocializar” alguém que decidiu praticar o crime. Errou? que pena! Entra na solitária 32 a direta, condenado!
No Paraguai e no Japão um abraço dado nas partes do crime certamente seria nos pais da vítima e se algum médico se mover para cuidar de alguém, possivelmente será um psiquiatra que tentará manter de pé quem passa pela dor brutal da perda de filho no auge de sua inocência.
Brasil.
País da bandidolatria.
(Texto de Tercio Baggio)