Bolsonaro não fala inglês, é feio… Mas, já tivemos coisa muito pior...

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“É feio o Presidente não falar inglês, e precisar de um funcionário o tempo todo para traduzir o que Trump fala”.

Dizem isso, e concordo. Mas sem exageros, ou arroubos retóricos: é apenas feio; só isso.

Jair Bolsonaro, por ser uma pessoa simples, que não foi criada em berço de ouro, ou com muitas exigências de padrão educacional, é exatamente o que o brasileiro comum é: monoglota. Não sabe falar outro idioma além do nativo.

Ele mesmo (Bolsonaro) reconhece isso: que não fala inglês. Não tenta ser igual a muitos por aí que passaram pelo cargo antes dele, que se aventuravam no idioma sem saber o que estavam fazendo (quem não viu ainda o vídeo de José Sarney “falando” inglês no Congresso Norte-Americano, em certo tempo dos anos 80?).

Mas não falar inglês não é nenhum demérito; não desqualifica o Presidente em nada para o cargo. Repito: só é feio, de fato. Só isso.

Ele jamais terá, como Chefe de Estado, a impossibilidade de se comunicar com quem quer que seja alguém: sempre haverá algum intérprete, alguém fazendo tradução simultânea, e por aí vai. Mas não poder conversar diretamente, de modo mais intimista, com as pessoas, especialmente com Donald Trump, que o considera um amigo, é de fato ruim e frustrante.

“Ah, mas Trump também não fala português”, dizem outros. Sim, ele não fala português, mas o inglês é que é a língua dos negócios; o inglês que é a língua oficial internacionalmente. E Bolsonaro está nos EUA, e não o inverso (Trump no Brasil).

Mas não se preocupem: no futuro, a grande maioria da população brasileira será bilíngue, e falará o inglês também (não como um nativo, mas ao menos como alguém que consegue se expressar no idioma).

Estamos apenas no começo!

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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