Padre Antônio Vieira e o ódio ao mal

06/03/2020 às 19:30 Ler na área do assinante

Rodrigo Maia, em discurso feito hoje (06), na Fundação Fernando Henrique Cardoso, acusou os brasileiros de viralizarem o ódio, ao comentarem e criticarem o que está escancarado: a instituição sub-reptícia, por ele próprio e por seu estimado Centrão, do chamado “parlamentarismo branco” /1/ para chantagear o Executivo.

Segundo o padre Antônio Vieira, odiar o mal não é pecado.

Eu odeio corruptos, odeio safados, odeio quem trabalha contra a limpeza moral do Brasil e a favor dos corruptos de colarinho branco.

Ao escrever essas linhas, estou me lembrando da deformação que foi imposta ao projeto de origem popular das “Dez Medidas para Reduzir a Corrupção no Brasil”. Deformação imposta de madrugada por Rodrigo Maia e seus cúmplices da Câmara, enquanto o povo brasileiro era distraído para se inteirar do acidente aéreo que dizimou o time da Chapecoense. Quem faz isso não pode reclamar por ser odiado. Quem odeia isto tem o perdão certo, prometido por Vieira.

Odeio Rodrigo Maia pelo que fez com o projeto anticrime de Moro.

Odeio o “Botafogo” por ter levado à aprovação o “jabuti” imundo dos R$30,1 bilhões de dinheiro do contribuinte, para ajudar a reeleição da corja Centrão, isto é dos piores políticos do mundo civilizado.

Odeio este balofo intelectualmente medíocre - não conseguiu sequer se graduar em economia em um curso fuleira - por ser o chefe da CHANTAGEM que exerce sobre o presidente da República, sempre que um projeto de interesse do Brasil –consequentemente contrário aos interesses do Centrão, que ele representa – é levado à Câmara para aprovação.

Odeio, sobretudo, o “Botafogo” da Odebrecht, eleito deputado com apenas 74.232 votos, por ter se alçado a Primeiro Ministro da República Parlamentarista do Centrão, só para chantagear o chefe do Executivo (eleito com quase 58 milhões de votos) e drenar dinheiro dos contribuintes. /2/

Se esta percepção do povo gera ódio contra este Primeiro Ministro balofo, bendito seja este ódio de Vieira.

REFERÊNCIAS:

1. https://renovamidia.com.br/tese-do-parlamentarismo-branco-foi-criado-para-viralizar-odio-diz-maia/

2. https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/19132/o-jabuti-podre-do-orcamento

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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