Após anos de descaso com a educação, os efeitos são dramáticos. O Brasil pode ser o último país em impacto científico até 2023, como mostra o estudo realizado pelos pesquisadores Marcelo Hermes, da Universidade de Brasília, e Luís Fabiano Borges, da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O Brasil está entre os 14 países do mundo que mais publicam artigos científicos (81,7 mil), mas quantidade não significa qualidade. Ou seja, produzimos muito, mas estudos que têm baixa relevância internacional.
“Entre as áreas de conhecimento, a única que se mostrou com crescimento de quantidade de papers (artigos científicos) caminhando junto com o impacto científico foi a astronomia. No mais, a tendência é aumentar muito a quantidade, mas o impacto não vem junto. Na média, nossa pesquisa não anda boa. Se a gente aumenta demais a quantidade de produção de papers, mas não toma cuidado com o que está produzindo, isso evidentemente vai descolando da nossa inovação tecnológica, da realidade, da própria estrutura produtiva do país”, ressaltou Luís Fabiano Borges, em entrevista exclusiva à TV Jornal da Cidade Online.
De acordo com os pesquisadores, se forem avaliados o impacto da pesquisa brasileira, passamos de 29º lugar de 48 países (com mais de 3 mil artigos publicados) em 2005, para o 63º entre 73 em 2018. O Brasil está no mesmo patamar que a Nigéria.
Mais uma prova clara e contundente de que o MEC aparelhado pelos governos petistas, fantasiado de “pátria educadora”, foi um enorme fracasso, e os resultados dessa política de doutrinação marxista devem nos assombrar ainda por um bom tempo. Não é difícil entender que o ministro Weintraub tem razão.
da Redação