Santa Cruz se cala sobre encontro entre Gilmar, Dória e Maia, mas faz petição contra Bretas por evento com Bolsonaro
22/02/2020 às 17:56 Ler na área do assinanteO Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), representado pelo presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, enviou uma representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo investigação sobre a conduta do juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro (RJ), Marcelo Bretas.
Na representação a OAB sustenta que as aparições de Bretas em eventos de natureza política marcadas pela “autopromoção” são vedadas pela Lei Orgânica da Magistratura.
No último fim de semana, a convite do presidente da República, Bretas participou da cerimônia de inauguração da alça que liga a ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha.
O texto assinado por Santa Cruz, ainda afirma que o magistrado não observou a Resolução nº 305/2019 do Conselho Nacional de Justiça.
“Demonstra simpatia e alinhamento político-partidário que compromete o conceito da sociedade em relação à independência e à imparcialidade do Poder Judiciário”, diz o texto.
A solicitação do presidente da OAB é curiosa e totalmente sem sentido, própria de suas ligações umbilicais com a esquerda e de seu distanciamento da própria categoria que deveria representar.
O magistrado compareceu a um evento acompanhando a maior autoridade do país. Ponto.
De outro lado, o presidente da OAB manteve absoluto silêncio sobre o encontro ‘político’ entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, com o governador João Dória e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
No malfadado jantar na residência oficial do presidente da Câmara, foram tratados assuntos políticos envolvendo o atual governo. Inclusive chegaram a um consenso ao afirmarem na mídia que o governo Bolsonaro se aproxima do “autoritarismo”.
Santa Cruz não desempenha a função de presidente da entidade dos advogados, mas sim de mero militante com inconfessáveis interesses políticos e ideológicos.