Os caminhos da Lava Jato vão fatalmente ao encontro de Lula

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Está evidenciada a conexão entre 'Mensalão' e o 'Petrolão' e a 'teoria do domínio do fato' já permite a abertura de processo-crime contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A teoria do domínio do fato afirma que é autor - e não mero partícipe - a pessoa que, mesmo não tendo praticado diretamente a infração penal, decidiu e ordenou sua prática a subordinado seu, o qual foi o agente que diretamente a praticou em obediência ao primeiro. 

Esta já é uma posição dominante entre os procuradores e delegados atuantes na Operação Lava Jato.

As provas obtidas até o momento permitem afirmar, com absoluta segurança, que o ex-presidente sabia que havia desvio de recursos da Petrobras pelo menos para saldar dívidas do PT e financiar campanhas políticas do partido e de aliados. Isto já está bem claro e o próximo passo é demonstrar que o 'Mensalão' foi financiado pelo dinheiro oriundo do 'Petrolão'. Ou seja, os parlamentares 'comprados' no escândalo do 'Mensalão' eram pagos com o dinheiro produto da corrupção na Petrobrás.

Além disso, pelo menos quatro delatores já mencionaram Lula em suas revelações: Nestor Cerveró,  Fernando Baiano, Alberto Youssef e o ex-deputado Pedro Correa (PP-PE). 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na denúncia apresentada contra o deputado Vander Loubet (PT/MS), aponta Lula como protagonista do loteamento da BR Distribuidora. 

Cerveró, por sua vez, já afirmou que foi nomeado por Lula como retribuição por serviços prestados ao PT enquanto esteve na Diretoria Internacional da Petrobras. Cerveró diz que Lula o “premiou” pela ajuda dada na quitação de um empréstimo de R$ 12 milhões que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, obteve junto ao Banco Schahin. O próprio Bumlai confessou à PF que parte dos recursos foi destinada ao PT. 

Se Lula sabia que o contrato da Petrobras foi uma retribuição ao grupo Schahin por ter atendido o PT e seu amigo Bumlai, é evidente que o presidente sabia o que se passava na estatal.

Na partilha de cargos da BR distribuidora, o senador Fernando Collor (PTB-AL) também teria sido contemplado. 

Por outro lado, o doleiro Youssef foi claro: “Tanto a Presidência da Petrobras quanto o Palácio do Planalto tinham conhecimento da estrutura que envolvia a distribuição e repasse de comissões no âmbito da estatal”. Em seguida, ele citou os nomes de Lula, Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti, Gleisi Hoffmann, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e Edison Lobão.

Assim, uma eventual delação de Marcos Valério, prestes a ser confirmada, fechará definitivamente o cerco em torno de Lula. 

Em 2012, Valério já havia relatado o empréstimo feito por Bumlai, mas na época ninguém deu bola. 

Agora, a conversa será bem diferente...

da Redação

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