A mudança na Casa Civil encerra a “chantagem” do Congresso contra o Governo

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Escreverei, a seguir, a minha leitura sobre a mexida do Presidente da República na Casa Civil.

Ao que me parece, Jair Bolsonaro está realmente se sentindo “emparedado” pelo Congresso Nacional. Depois de mais de um ano de governo, já está mais do que provado que a estratégia, costurada por Onyx Lorenzoni, de apoiar Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre para a Presidência das duas casas legislativas, para (teoricamente) dar governabilidade ao Executivo, se mostrou um fracasso.

Mas além de se mostrar um fracasso, o sucesso que o Governo Jair Bolsonaro vem tendo incomoda - e muito - todos os que com ele antagonizam.

A recuperação econômica do país, a melhora nos índices de segurança pública, a abertura de mercados para o agronegócio, e até mesmo as obras de infraestrutura no país, tudo, repito, tudo isso deixa apavorados os políticos de Esquerda (incluindo-se aí os do chamado "Centrão", que de Direita não têm nada).

Depois da aprovação da Reforma da Previdência, com o país economizando R$ 277.000.000,00 (duzentos e setenta e sete milhões de reais) por dia, o futuro é bastante promissor, como eu escrevi em um texto datado do dia de Ano-Novo:

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/18019/bilhoes-em-caixa-e-novos-e-promissores-tempos-para-a-brasil

Levando-se em conta, também, os bilhões de reais que o Governo economizará com o pagamento dos juros da dívida pública nesse ano, devido aos cortes da SELIC, pode-se dizer, obviamente, que um horizonte até 2022 é extremamente favorável a Jair Bolsonaro, que só não se reelegerá para mais um mandato se não concorrer (por vontade própria, por "tapetão", ou se perder a vida).

Por isso é que, a partir desse ano, o Congresso criará inúmeras dificuldades para o Executivo. Lembro, a respeito, de uma "thread" que escrevi no Twitter em “homenagem” ao início do ano legislativo, no dia 3 de fevereiro do corrente, que pode ser lida nesse link aqui: https://threadreaderapp.com/thread/1224304266841591809.html

Portanto, repetindo o que afirmado no início desse texto, ao que parece, Jair Bolsonaro sabe que está "emparedado" pelo Congresso; mas a intenção desse último vai além: ele pretende também influenciar a colocação de alguém na Casa Civil que seja "maleável", que tenha "diálogo", ou que seja manipulável por Maia-Alcolumbre-Centrão. A intenção é sequestrar o Presidente da República dentro do seu próprio Governo.

Por isso, a nomeação do General Braga Netto, nesse cenário que eu vislumbrei, vem bem a calhar. Todos sabem que eu sou de fato um crítico do positivismo dos militares, e da sua falta de percepção da Guerra Política e dos meios adequados para se combatê-la. Mas, repito, nesse cenário, onde o Presidente da República está emparedado pelo Congresso, a nomeação do General Braga Netto é positiva.

Se o Congresso espera ter alguém na Casa Civil para chantagear o Governo, ou ficar de "mimimi", de fofoquinhas, ou de leva-e-traz, melhor colocar então um militar, que compensa a falta de traquejo político na obediência e lealdade ao Presidente da República, e que esteja imbuído do espírito público de servir à Pátria.

Os sabotadores da República, que tentam a todo custo fazer o Governo naufragar, devido ao ódio a Jair Bolsonaro e o que ele representa, acabarão, no final, isolados em seu próprio mundo de conspirações e traições à Nação, pois o povo já os identificou, e saberá o que fazer na hora certa.

Se é fato que a verdade liberta, também é fato que o ódio cega.

Eles enxergarão isso em 2022.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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