Deputado apresenta Projeto que prevê o fim da visita íntima em presídios de São Paulo
12/02/2020 às 05:15 Ler na área do assinanteO deputado estadual de São Paulo Gil Diniz (PSL) apresentou nesta terça-feira, 11, pedido de extinção da visita íntima no sistema carcerário de São Paulo (SP). O deputado ressaltou em suas redes sociais que “prisão não é hotel, tampouco motel”.
O Projeto de Lei afirma que:
“Será permitida, exclusivamente, visita íntima na situação em que o preso seja declarado, nos termos da Lei e por decisão judicial, como réu colaborador ou delator premiado.”
Ainda de acordo com o projeto, entende-se por visita íntima ‘aquela realizada fora dos pátios destinados para este fim, sem monitoramento dos servidores da unidade prisional’.
“O Brasil está na vanguarda desse tipo de privilégios, mas os resultados são desastrosos para todos nós”, exclamou o deputado.
A visita íntima é um dos meios pelos quais o crime organizado repassa mensagens para seus asseclas e permite que seus integrantes tenham ‘direito’ a visita de prostitutas que se cadastram como ‘companheiras’, situação corriqueira que é tratada como não existente pelas autoridades.
As diversas rebeliões nas penitenciárias brasileiras, as quais ocorrem, em regra, por disputa de poder entre facções, para demonstrar força ou em represália à ações estatais contra o crime organizado, costumam utilizar o dia da visita íntima para iniciar a sublevação, indiferente a vida e a integridade física dos visitantes.
O combate ao crescente poder do crime organizado esbarra nas regalias concedidas aos detentos, quase sempre para ‘evitar problemas’, uma vez que a visita íntima é um canal de comunicação dos líderes com seus subordinados e pode ser considerado como um direito que se concede para camuflar a fragilidade das prisões brasileiras.
O projeto é uma ótima iniciativa do deputado, Gil Diniz. O mesmo deveria ser usado como exemplo em todos os estados.
Confira:
da Redação