Ninguém entende a blindagem de Verdevaldo

04/02/2020 às 05:58 Ler na área do assinante

O “jornalista” Glenn Greenwald, também conhecido como Verdevaldo, já atuou na indústria da pornografia, segundo a imprensa.

Também é acusado de sonegador de impostos na cidade de Nova York.

Mesmo assim, é considerado ‘herói’ da esquerda por ter divulgado supostas conversas do então juiz Sérgio Moro com os procuradores da Lava Jato.

Não fora a operação Spoofing, Verdevaldo seria a estrela da mídia esquerdista por muito tempo.

O problema é que os hackers que ele utilizou para divulgar suas fantasias resolveram fazer delação premiada para sair da Papuda e cumprir pena em casa.

As revelações feitas pelo site Intercept Brasil não foram submetidas a nenhuma perícia oficial, além de terem sido obtidas por meios ilícitos, que, no Direito brasileiro, não podem ser levadas em conta. Isso levou o Ministério Público Federal (MPF) a denunciá-lo por hackear autoridades.

Amedrontada, a defesa de Verdevaldo resolveu esperar a volta do recesso do STF para recorrer da decisão do MPF, afastando a possibilidade de o ministro Luiz Fux, no exercício temporário da presidência do órgão, resolver a questão.

O próximo da escala do STF é o ministro Gilmar Mendes, que já havia blindado Verdevaldo em outra ocasião, proibindo toda e qualquer investigação contra o americano.

Verdevaldo começou a perder a “credibilidade” quando a Policia Federal cumpriu quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto na operação batizada de “Spoofing”.

Foram presos Walter Delgatti Neto, em Ribeirão Preto; Danilo Cristiano Marques, em Araraquara, e Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Prisco. No currículo de Santos consta que ele já foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por porte ilegal de arma. Seu advogado disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers.

Quanto a Delgatti Neto, a imprensa divulgou que ele foi preso e condenado por receptação, falsificação de documentos e porte ilegal de arma. Também é investigado por vários crimes de estelionato, além de ter sido detido em 2015 com uma carteira falsa de delegado de polícia. Além disso, é filiado ao DEM, partido de Rodrigo Maia, o Botafogo.

Protegido pelo ministro Gilmar Mendes, o MPF resolveu não acusar Glenn pelas mensagens divulgadas, mas sim por ter auxiliado, orientado e incentivado os hackers na invasão dos celulares de Moro e dos procuradores da Lava Jato, além de alguns ministros do STF, entre os quais Gilmar Mendes, conforme divulgado pela imprensa.

Daí não se entender a proteção que ele deu a Verdevaldo.

Luiz Holanda

Advogado e professor universitário

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