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Implacável, Bretas manda prender promotor de justiça do Rio e arresta dinheiro recebido em propina
03/02/2020 às 20:20 Ler na área do assinante
Por determinação do juiz Marcelo Bretas, a Polícia Federal efetuou nesta segunda-feira (3) a prisão do promotor de justiça Flávio Bonazza de Assis.
De acordo com o Ministério Público, Bonazza recebia R$ 60 mil de mesada de empresários de ônibus para agir, dentro do MP, em benefício do setor.
A mesada que era paga regiamente ao promotor ocorreu, segundo o MP, no período compreendido entre junho de 2014 e março de 2016.
O acordo entre os empresários e Bonazza teria sido feito numa garagem de uma empresa de ônibus na zona Oeste do Rio.
Pelo pagamento da propina mensal, Bonazza arquivava inquéritos, retardava investigações e vazava informações para os corruptores.
A trama veio à tona através da delação premiada de Lélis Teixeira, empresário do setor e ex-dirigente da Fetranspor.
O juiz Bretas, além de determinar a prisão, expediu mandado de arresto dos bens do promotor no montante de R$ 1.350 milhão, quantia supostamente recebida ilicitamente.