Os amigos blindados da OAB, que ofendem mulheres impunemente

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A maioria dos advogados brasileiros é gente comum, gente igual a você. A maioria ganha a vida trabalhando para pagar boletos. Somos milhares de advogados e advogadas lutando para criar e sustentar as nossas famílias.

Na nossa atividade profissional, nós, os advogados comuns, estamos sujeitos a uma fiscalização rigorosa: a OAB.

Talvez você esteja rindo e esperando a piada, afinal, a maioria dos brasileiros, pensa que a OAB é um antro de impunidade. E se você pensa assim, está certo.

Então, como pode ser, ao mesmo tempo rigorosa e um antro de impunidade?

A resposta é simples e triste.

Para os advogados comuns, a OAB, em especial do DF, é rigorosa.

Para os advogados blindados, ou de grife, a OAB, em especial do DF, é um antro de impunidade.

Se um advogado comum ofender uma mulher, com total razão, será reaprendido e execrado.

Agora, se um advogado blindado, os chamados advogados de grife, ofender uma mulher, ou ofender a ministra da mulher, aí a OAB se transforma no antro da impunidade.

Absurdo, dirão alguns. Vejamos.

Um advogado de grife, apoiador da gestão de Délio Lins e Silva, atual presidente da OAB do DF, ofendeu de forma vulgar a mulher e ministra, Damares.

Sustentou que se os pais da mulher, para a qual ele devota solene desprezo, não tivessem trepado, ela não teria nascido.

Um advogado comum seria punido, talvez até processado criminalmente. O advogado de grife não recebeu nenhuma admoestação.

Para ele, blindado, a OAB mais se parece com um bordel da impunidade.

Logicamente, o Senhor Délio poderia provar o contrário determinando a instauração de processo ético disciplinar.

Bem, quanto a tal hipótese, pode rir ou chorar, mas nunca acontecerá.

(Texto de André Soares. Advogado)

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