Médico da Marinha conta tudo o que viu na Amazônia e elucida sobre as ONGs: “A maioria está interessada em explorar nossa riqueza” (veja o vídeo)
31/01/2020 às 14:48 Ler na área do assinanteEm entrevista exclusiva à TV Jornal da Cidade Online, o médico anestesista Luciano Azevedo conta tudo que viu e ouviu durante os anos que trabalhou na Amazônia, servindo como oficial de Marinha. Para desespero da extrema esquerda e da isentosfera, ele revela que existem realmente muitas ONGs interessadas em retirar nossas riquezas, fala também da mineração predatória e dos garimpos ilegais, e ainda sobre a questão dos índios, muitos abandonados a própria sorte.
Para o médico, felizmente, pela primeira vez em séculos, há uma mudança de olhar em relação à Amazônia, com a chegada do presidente Bolsonaro ao poder.
“O que me deixa muito animado, nesse momento histórico que estamos vivendo durante esse governo, é que tenho conseguido participar de alguns debates em relação à Amazônia e o governo hoje compreende que a Amazônia é grande demais para que somente o estado monitore aquilo tudo. O Ministério de Ciência e Tecnologia está fazendo um trabalho maravilhoso, chamando diversos parceiros da iniciativa privada, estimulando o aparecimento e crescimento de startups de monitoramento e desenvolvimento da Amazônia”, ressaltou o médico.
Confira outros destaques da entrevista:
“A extração de minérios é feita numa região isolada, é tirado de maneira irregular. A vila do garimpo cresce de maneira desordenada, então a criminalidade é muita alta, prostituição é muita alta, entrada e saída de drogas... Outro problema é que a gente exporta o minério de maneira bruta, e nós compramos o minério já trabalhado a um preço muito maior.”
“Temos mais de 100 mil ONGs na Amazônia, nacionais e internacionais, e boa parte das que se dizem nacionais são financiadas pelo capital estrangeiro. De verdade, de coração, 100 mil ONGs numa região, se todo mundo tivesse realmente interessado em resolver o problema, não estaria com muita coisa resolvida já? A gente não estaria ainda numa região em que temos uma das maiores taxas de mortalidade infantil do planeta, mais de 25 óbitos de criança por 1000 nascidos vivos – um país desenvolvido tem abaixo de 2/1000. A maioria dessas ONGs que se dizem apaixonadas pelo Brasil, pelo índio que precisa de ajuda... está interessada em explorar a terra e tirar riqueza daqui.”
“Essa história de incêndios na Amazônia é outra marmelada... Os dados mostram que esse foi o ano que teve menos incêndios lá. E, quem conhece a floresta, sabe que não vai haver um incêndio que vai devastar a floresta inteira, isso é impossível, porque é uma área extremamente úmida e irrigada, uma floresta tropical com muito verde, qualquer incêndio natural é autolimitado. Agora incêndio criminoso, cultivado é diferente...”
“Na minha visão, temos muito a aprender com os índios, eles são frutos de uma cultura milenar, mas temos que levar o conhecimento forjado ao longo de milênios para que essas pessoas possa evoluir, ter acesso ao estado brasileiro, acesso à saúde de ponta, facilidades que o país pode dar a eles, e que ele decidam ou não continuar vivendo da maneira deles.”