Ninguém fala mais do jornalista americano Glenn Greenwald, também conhecido como Verdevaldo, um dos sócios do The Intercept Brasil, responsável pela divulgação de notícias sensacionalistas envolvendo o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato. Depois que o jornalista brasileiro José Nêumanne Pinto publicou uma série de reportagens sobre a vida pregressa do gringo, Verdevaldo sumiu do mapa.
Dizem que ele tentou voltar ao noticiário querendo entrevistar o agora ministro da Justiça, Sérgio Moro, no programa Roda Viva, da TV Cultura. Como os responsáveis pelo programa não aceitaram a oferta, Verdevaldo ficou furioso. Chegou até a enviar uma carta à emissora dizendo que os entrevistadores foram previamente aprovados pelo ministro. A emissora negou, mas não o convenceu.
Verdevaldo, naturalmente, pretendia voltar à ribalta às custas de Sergio Moro, já que, hoje, nem os seus antigos apoiadores o citam, principalmente depois que a Policia Federal demonstrou a possibilidade de adulteração nas supostas denúncias patrocinadas pelo Intercept Brasil e publicadas a conta gotas por uma grande parte da mídia nacional.
Verdevaldo começou a cair do pedestal justamente depois que Nêumanne publicou que “Quem tiver interesse em conhecer o verdadeiro estofo do caráter do manipulador do conta-gotas mais temido do Brasil pode encontrar informações relevantes lendo reportagem de Eric Wemple publicada em 27 de junho de 2013 no jornal The Washington Post, familiarmente chamado de The Post até em título de filme de aventura do jornalismo investigativo”.
Prosseguindo, Nêumanne disse que quem o fizer será informado de que “o escritório do cartório do condado de Nova York mostra que Greenwald tem US$ 126.000 em sentenças abertas e contra ele datando de 2000, incluindo US$ 21.000 do Departamento de Impostos do Estado e da Secretaria da Fazenda. Também fala de um penhor de US$ 85.000”.
Segundo a imprensa, Verdevaldo tem um passado ligado à pornografia, mas isso não o impediu de ser apoiado por Dilma Rousseff por ocasião de sua detenção no Aeroporto de Heathrow, na Inglaterra, nem pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao conceder-lhe uma cautelar impedindo as autoridades públicas de investigarem e responsabilizarem Verdevaldo por qualquer coisa, mesmo que seja crime.
Seja como for, Verdevaldo, em vez de prejudicar Moro, o projetou a níveis jamais vistos para um magistrado de primeira instância. Hoje Moro é, sem dúvida, a figura mais popular do Brasil. Daí a angustia de Verdevaldo para voltar à ribalta. O problema é que ele, atualmente, não dispõe de meios para tanto: suas gravações acabaram sem qualquer efeito prático.
Adeus Verdevaldo.
Luiz Holanda
Advogado e professor universitário