“Dois Papas” teria sido um novo manifesto comunista?

06/01/2020 às 09:55 Ler na área do assinante

O verdadeiro “foguetório” com que a esquerda festejou o filme “Dois Papas”, “cantando loas” ao Papa Francisco, e de certo modo “esculachando” o seu antecessor, o Papa Bento XVI, despertou-me a curiosidade e resolvi “conferir” a produção cinematográfica.

Embora eu não seja nenhum especialista ou crítico de cinema, nem por isso me sinto impedido de tecer algumas considerações sobre o seu conteúdo.

Por um lado, anda cada vez mais forte a versão de que a “Nova Ordem Mundial” e, portanto, também a sua “matriz”, o “Clube (ou Grupo) de Bilderberg”, ambos integrados pelas pessoas mais poderosas e ricas do mundo, e que teriam grande influência dentro do “Colégio dos Cardeais”, teriam sido os principais patrocinadores da escolha do Papa Francisco, o Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, como novo Papa da Igreja Católica, bispo de Roma, e Chefe de Estado da Cidade do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI (o Cardeal alemão Joseph Aloisius Ratzinger), que abdicou ao trono papal em 20 de fevereiro de 2013.

Mas como supor que a eleição do Papa Francisco teria sido obra do grupo de pessoas mais ricas do mundo, ao mesmo tempo em que a sua eleição foi festejada e considerada uma grande vitória da esquerda, da “Teologia da Libertação”? Como explicar esse tipo de contradição?

Nem mesmo Karl Marx, o criador do “socialismo científico”, do comunismo, poderia ter imaginado que algum dia a sua “criatura”, a sua ideologia, acabaria se “fundindo” com os maiores interesses do Grande Capital, que tanto ele combatia, e que efetivamente sempre dominou o mundo.

Marx certamente teria ficado estarrecido com a “evolução” que deram à sua doutrina, uma “combinação”, um “acordo”, entre a esquerda e o capital.

Por esse grande “acordo”, os maiores empresários do mundo, os “donos” do capital”, portanto, o “Clube de Bilderberg”, e a “Nova Ordem Mundial”, continuariam dominando as riquezas materiais do mundo, enquanto entregariam a responsabilidade pela POLÍTICA à esquerda, cada qual respeitando os seus limites e não interferindo na “jurisdição” do outro.

Essa política “universal” poderia ser comparada mais ou menos ao que se passa na mesquinharia da politica brasileira do chamado “toma lá-dá-cá”, um grande acordo de garantias e proteções recíprocas, celebrado entre as “patifarias” dos “Três Poderes Constitucionais”, onde cada qual respeita e não interfere na “ração” do outro.

Quem patrocinou o filme “Dois Papas”?

O dito filme só “esculacha” o Papa Bento XVI, omitindo completamente a sua vida pregressa pessoal ou religiosa, à exceção de duas ou três passagens, de aspecto negativo, em que, claramente, alguns “pontas” do filme, em alto e bom som, se referem a esse Papa como “NAZISTA”.

A única referência positiva ao alemão Ratzinger foi as de que ele teria sido um grande intelectual. E só.

Enquanto isso, o “herói”,o “mocinho” do filme, foi só Bergoglio, que havia começado a sua trajetória religiosa quando era um simples padre católico progressista,na Argentina, integrante da corrente religiosa da “Teologia da Libertação”, versão argentina - que poderia ser resumida como a “Pedagogia do Oprimido”, vestida de “batina”, do educador brasileiro Paulo Freire. A capa do livro de Paulo Freire (La Pedagogia Del Oprimido), chega a ser filmada com destaque.

Importante é salientar que o livro de Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido) foi escrito no Chile, em 1968, durante o exílio do educador, ao passo que a “Teologia da Liberação” é posterior, de 1971.

O “pano de fundo” da trajetória religiosa e política de Bergoglio, dentro dos objetivos “doutrinadores” do filme, não poderia ter sido melhor escolhido. Os “bandidos” foram os militares e policiais argentinos durante a repressão do Regime, ou Ditadura Militar, inclusive contra os chamados membros “progressistas” da Igreja Católica, onde Bergoglio se incluía, e que chegaram a ser perseguidos, presos, torturados e mortos. Mas o filme só mostrou “um lado” dessa guerra intestina, ou seja, a agressão dos militares contra os “progressistas”. E não foi bem assim...

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

Ler comentários e comentar
Ler comentários e comentar

Nossas redes sociais

Facebook

Siga nossa página

Seguir página

Twitter

Siga-nos no Twitter

Seguir

YouTube

Inscreva-se no nosso canal

Inscrever-se

Messenger

Receba as notícias do dia no Messenger

Receber notícias

Instagram

Siga-nos no Instagram

Seguir

Telegram

Receba as notícias do dia no Telegram

Entrar no canal

Rumble

Inscreva-se no nosso canal

Inscrever-se

Gettr

Siga-nos no Gettr

Seguir