Jornalista Guilherme Fiuza fala da farsa montada pela imprensa nacional e faz um raio-x completo do País (veja o vídeo)
04/01/2020 às 15:34 Ler na área do assinanteO jornalista Guilherme Fiuza concedeu uma entrevista ao canal Vira News, do Youtube, e essa entrevista merece ser vista por todos, por isso que a publico aqui, na íntegra.
Contudo, como sei que é longa, e muita gente não acompanha tudo, porque tem outros afazeres, fiz um arrazoado dos trechos que gostaria de destacar, para facilitar a mensagem que quero passar.
A partir dos 2:16, Fiuza faz um “mea culpa” sobre a sua impressão errada que tinha sobre Jair Bolsonaro, mas ele interrompe o assunto para falar de outras coisas; aos 7:30 ele retoma a “mea culpa”, confessando que se enganou sobre Bolsonaro e Paulo Guedes, quando pensou que seria uma opção errada para o país, esclarecendo ao entrevistador o que o fez enxergar o oposto, levando-o a reconhecer que estava enganado.
Aos 13:30, Fiuza disse que a sua dúvida sobre Bolsonaro era tamanha que chegou a pensar, em certo momento da campanha eleitoral, em anular o voto no 2 turno, mas que precisava rechaçar o inaceitável, que era a volta do PT ao Poder.
A partir dos 16:20, Fiuza fala sobre a campanha do PT na última eleição, e passa até pelo Governo Dilma e o projeto totalitário de Poder, destacando o descolamento da classe artística com os interesses da Nação, e mais uma vez, aos 23:00, faz “mea culpa” quanto à sua opinião errada inicial sobre Bolsonaro, que acabou montando uma grande equipe de Governo.
Aos 29 minutos Fiuza começa a falar sobre a Reforma da Previdência, reconhecendo a importância de fazê-la, e do mérito do governo em encarar o problema, arregaçar as mangas e colocar a reforma no centro de importância do país, que foi uma prova de que Jair Bolsonaro (e seu governo) não estavam de brincadeira, e nem para fazer loucuras e irresponsabilidades.
Logo mais, aos 31 minutos, falou da farsa montada pela imprensa nacional, que se corrompeu e passou a fazer campanha política de esquerda e a deixar de noticiar os fatos e a cumprir o seu papel, com uma análise precisa sobre os rumos adotados pela mídia “mainstream”, que a levou à perda de credibilidade junto ao público.
É imperdível a impactante conclusão do jornalista, depois da digressão que faz, de que a imprensa virou aliada do obscurantismo, em um ambiente semeado por pistas falsas (a partir dos 42 minutos).
Depois da declaração, aos 43:40, de que “o governo fez tudo certinho”, Fiuza começa a falar sobre a Reforma da Previdência e da importância de todos, na equipe econômica montada por Bolsonaro, para a sua viabilização, reconhecendo o simbolismo do ato de o Presidente da República tê-la levado em mãos ao Congresso, entrando pela porta da frente, sem pisotear ninguém, de forma totalmente republicana.
O entrevistado derrubou a falácia da “falta de articulação” criada pelos analistas políticos durante a tramitação da reforma da previdência, para dizer que a verdadeira articulação foi a colocação do povo no centro dos interesses, como protagonista, em movimentos populares de apoio à reforma, chegando ao “chamado para as ruas” (48:09).
Nessa parte a entrevista parte para o melhor rumo, quando Fiuza se refere aos picaretas, frisando que nem está falando de Lula e dos petistas, mas dos liberais, que enumerou como os tucanos e os movimentos que se diziam liberais, que foram para cima das pessoas comuns, que saíram às ruas em prol da reforma, chamando-as de robôs e proto-fascistas, e dizendo que Bolsonaro não queria sair de cima do palanque, quando na verdade, segundo o jornalista, tratou-se de um momento bonito no país, no qual o povo foi à rua defender a reforma da previdência, que foi com esse espírito que ela foi aprovada.
Para Fiuza, aquele foi o momento em que ele percebeu de vez que está diante de um governo que sabe fazer as coisas, e que é uma bela aposta, a qual ele aderiu de vez (49 min).
Depois vem um pequeno debate com o apresentador, no qual Fiuza desmistifica a crença do monopólio da virtude, por parte da esquerda, demonstrando a hipocrisia dessa em busca na busca de símbolos para fingir ser o que não é, escondendo o que realmente é: totalitarismo, fracasso e corrupção.
E chega-se à cereja do bolo da entrevista, quando Fiuza fala, a partir do 1:00:40, sobre a sabotagem que a Reforma da Previdência sofreu no Congresso Nacional, referindo-se a Rodrigo Maia e à atuação deste na Câmara dos Deputados desde a época da conspiração do Joesley, no Governo Temer. Terminou por qualificar Maia da seguinte maneira, “litteris”: “um parasita, um protozoário do Congresso Nacional” (1:01:47).
Nunca alguém referiu-se ao Presidente da Câmara de uma maneira mais correta como essa feita por Fiuza, que ainda disse que Rodrigo Maia é um “medíocre”, a quem a imprensa tenta fermentar como sendo um estadista (1:02:07).
Enfim, trata-se de uma grande entrevista, que serve como um raio-X do momento que vivemos no país. E, como observação pessoal minha, apesar de o jornalista Guilherme Fiuza rejeitar, na parte da entrevista onde ele trata da direita e esquerda, a dicotomia existente entre uma e outra, para se dizer apenas uma pessoa “virtuosa”, que quer o bem do país, deixando claro que não se deve fazer ativismo político, e que ele, pessoalmente, não é nem de um nem de outro lado, na verdade ele demonstra um Conservadorismo político que talvez nem tenha ainda percebido possuir.
Ele deixa isso claro em 3 afirmações e tomadas de posição durante a entrevista:1) ceticismo pessoal quanto aos governos, e elogio da prudência quanto às ações dos governantes, que o levou a inicialmente desconfiar de Jair Bolsonaro durante a campanha;2) reconhecimento de que é mais fácil destruir as coisas (como havia sido feito nos governos anteriores) do que consertar o que deve ser consertado e reformar o que deve ser reformado, como vem sendo feito;3) temor do totalitarismo que adviria pelo governo de esquerda do PT, que já estava, cada vez mais, caminhando rumo à retirada das liberdades individuais e à diminuição do indivíduo.
Como já falei em várias oportunidades, o brasileiro-médio é conservador por natureza, pois o Conservadorismo é um conjunto de valores integrados à sociedade brasileira, adotados como estilo de vida legado por nossos antepassados, de acordo com nossa herança histórica (cristã ibérica).
Não é uma inclinação política.
Veja o vídeo:
Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).