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Empresa do Grupo Globo transferiu mais de 450 mil para empresa de Lula, segundo a PF
27/12/2019 às 14:22 Ler na área do assinante
A Polícia Federal (PF), apresentou o relatório que indiciou o ex-presidiário Lula por receber propinas disfarçadas de doações através de sua empresa, na qual faz palestras, a Lils Palestras e Eventos LTDA.
Segundo o relatório, a Infoglobo Comunicação e Participações, transferiu para a empresa do petista mais de 450 mil de reais no ano de 2013. A empresa pertencente ao grupo Globo é responsável por jornais, sites, rádios e agências de notícias.
Além do grupo Globo, foram verificadas transferências de empreiteiras investigadas na operação lava jato, como Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e OAS.
O total de movimentações da conta bancária da empresa do ex-detento ultrapassam os 28 milhões, entre 2011 e 2016. Segundo a PF, as empreiteiras representaram 9 milhões, ou seja mais de 31% do total de recebimentos.
A Odebrecht é responsável pela maior parte de “doações” para a empresa de Lula, em torno de 10%. A PF afirma que os valores repassados a Lula eram “propina disfarçado como doações”.
Como artifício de defesa a Infoglobo diz que participa de iniciativas que contribuem para o desenvolvimento e a promoção do Rio de Janeiro e ressalta que, em 2013:
“Apoiou a Fecomércio-RJ na realização de um seminário sobre o Mapa do Comércio no Estado do Rio". "Além de divulgar o evento em seus jornais, a Infoglobo arcou com os custos dos palestrantes, inclusive do ex-presidente Lula", afirma a empresa do Grupo Globo.
Além do petista Lula, também foram indiciados o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antônio Palocci, o presidente do instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.