Novo modelo de gestão da Rede Globo gera pânico com previsão de 2.500 demissões

Ler na área do assinante

A Rede Globo esperneia.

Para tanto, a partir de janeiro de 2020, terá um novo modelo de gestão e produção.

O projeto consiste em ter “uma só Globo”. Ou seja, haverá uma fusão de tudo em uma só empresa. A TV Globo, todos os canais pagos da Globosat, a plataforma Globoplay, a Globo.com e a Som Livre.

Uma das consequências dessa monstruosa fusão será o enxugamento dos quadros. A previsão de 2.500 demissões é dos próprios funcionários do grupo. Esse número foi obtido pelo site Notícias da TV junto a fontes que tiveram acesso a informações privilegiadas sobre o processo de reestruturação do grupo.

O bem informado e respeitado jornalista Daniel Castro, em artigo publicado no UOL, esclarece o que deve acontecer:

“Segundo um ex-executivo do primeiro escalão da Globo, apesar de parecer exagerado e alarmista, o número faz sentido. Ele seria possível com a redução de postos de trabalho devido à eliminação de estruturas redundantes. Na nova configuração, por exemplo, haverá um só departamento de recursos humanos para todas as empresas integradas. E 2.500 demissões representam ‘só’ 16,7% dos 15 mil funcionários da Globo.
A Comunicação da Globo refuta o corte de 2.500 vagas. Mas admite que haverá demissões. ‘Todas as grandes empresas modernas passam por processos na busca de eficiência e evolução constante e, nesse contexto, é natural que se façam ajustes. Na Globo não é diferente’, diz a emissora em nota.”

Na realidade, como é notório, as demissões já vem ocorrendo há algum tempo, envolvendo, inclusive, ‘famosos’. Casos, por exemplo, de Malu Mader, após 35 anos de casa, Bianca Bin e Bruno Gagliasso.

O jornalismo da emissora também tem sido afetado, com cortes pontuais e a redução de ganhos dos apresentadores.

A restruturação é penosa, complicada e extremamente difícil.

Nesse cenário, a principal aposta da Globo é o Globoplay, atesta Daniel Castro:

“A Globo aposta todas as suas fichas no Globoplay. Não apenas para competir com a Netflix, mas como uma tecnologia que irá aos poucos substituir a transmissão de TV aberta convencional.
Daqui alguns anos, não fará mais diferença se o sinal chega ao telespectador pelo ar ou por fibra ótica. As pessoas assistirão a Globo por meio do aplicativo, e isso impactará em seu modelo de negócio, porque ela terá muito mais informações sobre o telespectador. Já está em estudo uma tecnologia que permitirá veicular nos intervalos comerciais anúncios diferentes para usuários de perfis diferentes, como já ocorre na web.”

A situação é realmente caótica.

A mamata efetivamente acabou. Ou a empresa se insere de maneira competitiva no mercado, ou toma o rumo da mais completa insolvência.

Fonte: UOL

da Redação Ler comentários e comentar