No 'apagar das luzes' de 2015, governo sangra BNDES para cumprir meta fiscal

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O BNDES tentou mas não conseguiu escapar das garras devoradoras do governo federal e terá que desembolsar uma robusta contribuição para ajudar no fechamento das contas do governo. 

O ministro Nelson Barbosa pressionou com extrema virulência e o banco acabou  perdendo a queda de braço que travava nos últimos meses com a equipe econômica. Assim, o BNDES  aprovou o pagamento, ainda no exercício de 2015, de cerca de R$ 4,8 bilhões em dividendos à União.

Desta forma, o BNDES termina o ano de 2015 ainda menor, persistindo em seu apequenamento, tônica permanente no segundo mandato da presidente Dilma Roussef.

Mesmo com o aval do Congresso para fechar o ano com déficit de até R$ 119,8 bilhões, o governo federal precisou contar com o reforço de caixa do BNDES para conseguir cumprir a meta fiscal de 2015. 

A cúpula do BNDES vinha resistindo a manter esse ritmo de repasse porque precisa reforçar seu capital regulamentar, principalmente por causa do que a Petrobras lhe deve. É uma estratégia gerencial dos bancos reservar parte de seus lucros para reforçar seu capital, melhorando seus indicadores perante as regras de regulação do Banco Central (BC) e ampliando sua capacidade de emprestar.

Desde 2008, os dividendos pagos pelo BNDES e pela Caixa se transformaram numa das principais fontes de receitas extraordinárias para garantir o cumprimento das metas fiscais. Só o BNDES pagou R$ 63 bilhões em dividendos desde 2008.

da Redação

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