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Cineasta que defendeu Dilma em Cannes é acusado de estelionato pelo MPF
13/12/2019 às 15:39 Ler na área do assinante
O cineasta Kleber Mendonça Filho foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suposta prática de estelionato.
Mendonaça Filho escreveu e dirigiu o filme Aquarius, lançado em 2016. O longa serviu de plataforma para um polêmico protesto contra o impeachment da então presidente da República, Dilma Rousseff. O elenco e a equipe levaram cartazes para sua participação no festival de Cannes que traziam dizeres como “Está ocorrendo um golpe no Brazil” e “54.501.118 de votos são queimados”.
Segundo o MPF, o cineasta recebeu R$ 11,8 mil de dinheiro público através da Ancine para promover o filme “O Som ao Redor” em festivais internacionais, o que incluiu viagens para Rotterdam, Nova York e Lisboa.
O problema é que Mendonça Filha, à época, ocupava um cargo comissionado na Fundação Joaquim Nabuco e, no entanto, ao realizar o pedido de financiamento, teria declarado não ser servidor público e as regras da Ancine proibiam o repasse de recursos a servidores.
A defesa do cieneasta alegou que ele “jamais imaginaria ser considerado servidor” por ocupar cargo comissionado.
A pena pode chegar a mais de 5 anos de prisão por ter como vítima um órgão público.
Agora entendemos porque o cineasta fazia uma defesa tão enfática do PT.