Quando o então General Romano Júlio César, chegou às margens do rio Rubicão com seu exército para invadir Roma para perseguir Pompeo, se viu preso em um dilema mortal, o rio era uma fronteira natural entre a Gália Cisalpina e o território romano, e segundo às leis romanas qualquer general que o atravessasse com uma tropa, estaria oficialmente se rebelando contra a República Romana.
Por isso a expressão "atravessar o Rubicão", significa nos dias atuais: CAMINHO SEM RETORNO, em alusão ao ato de Júlio César em passar o rio.
Fato é que nos dias atuais, isso também virou ato costumeiro na fronteira ética de alguns parlamentares brasileiros.
Citaremos aqui a deputada Joice Hasselmann, que não diferente de César, viu-se imbuída a lançar-se a própria sorte, sacrificando os valores morais e éticos, que até então, eram tão ferozmente defendidos pela ambivalente deputada. Mas, a troco de quê?
Se há uma coisa que a história nos ensina, é que, pelo certo ou pelo errado, independente das motivações, atos como esse sempre foram punidos, pois vitória nesses termos não são permanentes, afinal serve de exemplo para os próprios correligionários, de que, se a tal pessoa teve coragem de atravessar o Rubicão para satisfazer seus próprios interesses, sacrificando a própria honra, quem a impedirá de atravessá-lo de novo?
Nesse sentido a fidelidade, torna-se exorbitantemente cara, e ainda assim, sem garantias ou cláusulas contratuais que as sustente efetivamente, podendo vir de onde menos se espera, a fatídica punhalada traidora (A exemplo do Senado Romano).
O resultado de tudo isso, é que nem mesmo o atual time de Joice confia na parlamentar, embora que seja uma conjectura afirmar isso, sabemos que ninguém é ingênuo de achar que traidores serão tratados como heróis, pois o único amigo de um traidor, é sua própria ambição
"Confiança é algo tão frágil quanto uma folha de papel, depois de amassada mesmo que volte a abri-la a mesma nunca será igual." (Eve Frozino)
(Texto de Cleiton Andrade)