Coronéis que comandavam PM do Rio vão para o ‘xilindró’. Quartel era ‘balcão de negócios’
20/12/2015 às 22:52 Ler na área do assinanteA população do Rio de Janeiro está numa situação de absoluta insegurança, medo e, definitivamente, sem ter a quem recorrer.
A constatação de que aqueles que deveriam zelar pela segurança da sociedade não merecem um mínimo de confiança é assombrosa.
Na última sexta-feira (18) o Ministério Público cumpriu mandados de prisão preventiva contra 25 acusados de integrarem uma organização criminosa que desviou mais de R$ 14 milhões do fundo de Saúde da Polícia Militar do Rio.
Os chefes da organização, de acordo com o que vem sendo apurado pelas investigações, seriam três coronéis que faziam parte da alta cúpula da corporação até o final de 2014.
O ex-chefe do Estado-Maior Administrativo, Ricardo Pacheco, o ex-diretor de Finanças, Kleber Martins, e o ex-gestor do Fundo de Saúde da PM, Décio Almeida.
Além dos três coronéis, também estão envolvidos outros nove oficiais da corporação, onze empresários, uma ex-funcionária civil da PM e um funcionário da Secretaria estadual de Governo, todos eles com mandados de prisão expedidos pela Justiça.
O grupo transformou o Quartel General da PM, “um verdadeiro 'balcão de negócios' e a sede administrativa da organização criminosa, um QG de 'tratativas criminosas', de arrecadação de propinas e desvio de valores de verbas do Fundo de Saúde da PM, assim como recebimento ou exigência de vantagens econômicas indevidas".
Todos responderão pelos crimes de organização criminosa e dispensa de licitação, na Justiça comum, e, aqueles compõem os quadros da PM, de peculato e corrupção passiva, na Justiça Militar.
da Redação
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