"O STF não tem direito de transformar o Brasil numa República de Bandidos", critica Carvalhosa
23/10/2019 às 18:00 Ler na área do assinanteNesta quarta-feira (23), o jurista Modesto Carvalhosa, declarou novamente sua indignação contra pautas defendidas por ministros do Supremo Tribunal Federal para aumentar ainda mais a impunidade no país. Comentando sobre a votação sobre prisão após condenação em segunda instância que acontece nesta tarde na corte, Carvalhosa classificou o STF como "garantistas que certamente vão assegurar a absolvição dos corruptos e dos grandes criminosos".
Veja a publicação indignada - e com razão - do jurista:
"INÍCIO DA PROCLAMAÇÃO DA IMPUNIDADE
Não será ainda hoje que o STF irá PROCLAMAR que a nossa Constituição “garante” a IMPUNIDADE ampla, geral e irrestrita dos criminosos.
Nesta tarde, diversos discursos encomiásticos e de louvações ao PRETÓRIO EXCELSO serão pronunciados na tribuna daquela Augusta Casa por parte dos interessados na LIBERTAÇÃO não dos escravos, mas dos SENHORES.
A ocasião merece especial “celebração”, mesmo porque o Brasil será o ÚNICO PAÍS DO MUNDO a ostentar, orgulhoso, que os bandidos são presos somente APÓS trânsito em julgado.
E qual será a última instância desse trânsito em julgado? O próprio STF dominado pelos garantistas, que certamente vão assegurar - pela prescrição ou pelos “excessos da Lava Jato” - a absolvição dos corruptos e dos grandes criminosos, como, alias, já tem feito todos os dias.
Insista-se: NENHUM país do mundo civilizado e não civilizado, rico ou pobre, consagra tal aberração.
Ninguém duvida de que o nosso SUPREMO irá mascarar a “DECISÃO” com uma linguagem arrevesada, pedante, contorcida e ininteligível, a fim de criar, PROPOSITADAMENTE, confusão total no povo.
Esse truque infame, já percebido por Fernando Gabeira (O Globo, 20/10/2019), servirá para libertar, a partir de agora, milhares de corruptos e demais criminosos “injustamente presos”, colocando nas ruas todos os futuros reincidentes.
O STF NÃO TEM O DIREITO DE TRANSFORMAR O BRASIL NUMA REPÚBLICA DE BANDIDOS."