O mal está à espreita, não descansa e quer o retorno das benesses de outrora
23/10/2019 às 08:16 Ler na área do assinanteVemos um Senador da República dizendo que a onda de violência que cobre os países vizinhos vai chegar no Brasil, e que Bolsonaro e a “Direita fascista” não perdem por esperar.
Vemos narrativas sendo construídas na CPMI das “fake news” para oficializar a mentira de que o povo elegeu um presidente de forma ilegítima, e que os apoiadores desse presidente trabalham de forma coordenada para assassinar reputações de adversários na internet.
Vemos um inquérito inconstitucional tramitando no Supremo Tribunal Federal para perseguir cidadãos e respaldar a mesma narrativa da CPMI que ocorre no Congresso.
Vemos a mídia nacional trabalhando incessantemente para abafar as realizações positivas do Governo, e potencializar toda e qualquer narrativa falaciosa inventada contra a parte do povo que apoia Jair Bolsonaro.
O cenário é nebuloso, e mostra que o inimigo não dorme; ele não tira férias e nem descansa. Muitas vezes, age nas sombras, e em silêncio. E o nosso inimigo nesse caso é, numeradamente, todos os que não aceitam se submeter a um Governo eleito democraticamente pela maioria do povo, e que simplesmente não toleram o Presidente da República e tudo o que ele representa, e que por isso mesmo passam os dias tramando uma forma de destituí-lo ou de não deixá-lo governar.
E quando eu digo todos, eu quero dizer todos mesmo: desde a mídia venal, passando pela extrema-esquerda e pelos isentos, que não gostam de se envolver com a guerra política ou que tentam agradar a todos, até Alexandre Frota, Joice Hasselmann, e outros “ex-apoiadores” do Governo, que se uniram em conluio contra nós, a maioria do povo.
E o nosso inimigo está desesperado para remover o Presidente da República. Desesperado mesmo. O Presidente só não foi removido ainda por causa do povo, que tem que ser neutralizado de qualquer maneira, a qualquer custo.
São 10 meses sem que o Parlamento consiga participar de conchavos com o Executivo, sem que apareça algum contratinho público, ou indicaçãozinha em estatal, que acomode interesses políticos, ou sem que os parlamentares sejam “atendidos” ou “ouvidos” pelo Presidente, como constatamos na gravação das queixas dos deputados do próprio partido do Governo.
Sem se falar uma das coisas principais: o sistema simplesmente não tolerará a nomeação de 2 juízes para o Supremo Tribunal Federal por parte de Jair Bolsonaro nos seus 4 anos, podendo ainda nomear mais, caso se reeleja. O controle da sociedade via tribunais superiores, para manter o “equilíbrio” da frágil democracia brasileira, é uma estratégia de nossos inimigos. São os “ungidos” de que fala Thomas Sowell.
Portanto, não tenham dúvidas, meus caros compatriotas, que se Jair Bolsonaro não conseguir cumprir a sua missão de governar, como ele foi eleito, quem perderá seremos nós, a maioria do povo que o elegeu. Óbvio que Bolsonaro tem muito a perder; mas nós perderemos muito mais, mas muito mais mesmo.
Dom Pedro II, quando avisado de que deveria deixar o país porque a monarquia havia sido derrubada, falou mais ou menos assim, depois de se inteirar da situação: “se o povo não me quer mais como seu Imperador, então vou embora”. E foi para o exílio. Talvez se ele tivesse tentado resistir à ação mequetrefe dos conspiradores liderados por Marechal Deodoro, Floriano Peixoto, Benjamin Constant, Rui Barbosa, e outros, o resultado poderia ter sido outro, pois o povo amava o imperador, e não desejava a transformação do Brasil em uma República.
Mas, naquela época, o povo não mandava nada. Não tinha qualquer possibilidade de ação e articulação. O Brasil era uma oligarquia, com uma população eminentemente rural. Hoje as coisas são diferentes, e todos conseguem enxergar, claro como a luz do sol, o que acontece na sua frente.
Dito isso, o alerta que eu gostaria de dar, se pudesse estar com o Presidente da República, seria apenas um: ou Jair Bolsonaro reage, utilizando-se dos poderes constitucionais para tanto, e debela de vez a conspiração que se faz em plena luz do dia para tirá-lo do cargo, conspiração essa que só funcionará calando-se o povo que apoia o Governo, ou então que aceite as consequências da sua inação, pois acabará derrubado, eventualmente.
Uma coisa é Jair Bolsonaro dizer que não tem projeto de poder ou apego ao cargo; outra coisa é ele não impor a sua autoridade a seus detratores, fazendo-se respeitar no cargo que ocupa.
A diferença entre Dom Pedro II e Bolsonaro, no paralelo histórico que tracei, era que o primeiro enganou-se quanto à vontade do povo, e cedeu aos conspiradores passivamente, enquanto o segundo sabe o que o povo quer, e pode reagir à altura ao mal que está à espreita, nas ações de nossos inimigos.
O Mal tem sim que ser temido. Mas ele tem que ser enfrentado. O Bem sempre lutará contra o Mal. Essa é a nossa eterna dualidade.
E a maioria do povo estará ao lado do Presidente da República.
Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).