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Argentina rumo ao abismo com o cara que fala uma língua para os investidores e outra para os pobres
22/10/2019 às 09:07 Ler na área do assinante
América Latina, parada Argentina. Sim, a menos que haja um milagre, vai dar merda na eleição próxima.
O peronismo voltará, entre outras razões porque Macri saiu-se mal, fez concessões demais, enfim, não deu muito certo.
Reconheça-se ter herdado uma herança para lá de maldita.
O próximo presidente, Alberto Fernandez, fala uma língua para o empresariado e os investidores, outra para os pobres (50% das crianças passam por privações alimentares: fome mesmo).
Os primeiros não acreditam; os últimos, sim, como sempre, desde a década de 1930, quando o país começou deixar de ser exceção na miserável América Latina de então para se perfilar e até superar os erros da vizinhança.
A fé do povo argentino no peronismo é inversamente proporcional ao bom senso e aos resultados, mas é um dado aparentemente imutável da natureza.
Um dia talvez a Argentina volte a ser um país rico.
Até lá, se for o caso, estaremos nós brasileiros melhor do que os noruegueses, pois o caminho a ser percorrido pelos hermanos é bem mais difícil.
Aurélio Schommer
Membro do Conselho Curador na Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb e Membro Titular no Conselho Estadual de Cultura da Bahia.