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Articulação e malícia: a direita tem que parar de idealizar a política (veja o vídeo)
Gosto de ver Bolsonaro batendo de frente, mas até quando isso é sustentável sem militância organizada para dar suporte?
25/10/2019 às 15:14 Ler na área do assinante
Algo que não tenho é uma visão idealizada de política. Gosto de ver Bolsonaro batendo de frente com o sistema, mas não sei até quanto isso é sustentável sem militância organizada pra dar suporte. Precisamos de resultados com certa urgência, só que organizar militância demora anos.
Não existe política perfeita antes de existir a sociedade perfeita. Esperar que um presidente honesto recrie a sociedade de cima pra baixo está longe de ser uma mentalidade conservadora: é puro positivismo desconectado da realidade, que pode nos levar ao erro, mesmo com a melhor das intenções de acertar.
Uma lição que a direita precisa aprender é que negociar não é crime. Crime é roubar. A possibilidade do Executivo indicar cargos e liberar emendas é o material para equilibrar o jogo e não ser o eterno refém do Congresso. Quem não negocia com ninguém, une todos contra si, e pode cair. A questão é: como fazer isso?
Considerando o estado atual da política brasileira, o que esperamos na política é uma verdadeira revolução. O problema é que um prostíbulo não se transforma em convento. Qual seria, então, a margem de trabalho possível do Presidente sem incorrer em crime ou corrupção?
Confira a análise no vídeo e, se curtir, não deixe de ver a parte II: "É hora de parar de frescura e apoiar o Governo"