Bolsonaro x PSL: entenda o que está em jogo (Veja o Vídeo)
Deputados armam estratégia para 2020 para não dependerem de Bolsonaro em 2022, quando a fantasia de conservador não caberá mais neles.
11/10/2019 às 07:05 Ler na área do assinanteNa briga entre PSL e Bolsonaro, o partido e seus caciques pouco perdem. Eles ganham, mesmo que o presidente e vários deputados saiam.
Pra quem não tinha nada até ontem e vivia de coligação, mais vale um punhado de deputados negociando livremente do que 50 tendo que ser fiéis às urnas. E certamente tem bem mais de um punhado deles querendo se livrar da “opressão das urnas”. Ainda mais agora faltando um ano para as eleições municipais.
O verdadeiro negócio é controle sobre o fundo partidário e, principalmente, sobre a formação das chapas para vereador e prefeito em mais de 5 mil cidades. Pois é isso que sedimenta as bases eleitorais de muitos deputados que querem se tornar independentes da imagem de Bolsonaro. Afinal, arminha com a mão e fotinho no culto ou missa eram fantasias que usaram em 2018 e sabem que não vai funcionar para muitos deles em 2022, quando haverá ótimas oportunidades de negócio para quem trabalhar contra Bolsonaro.
A bem da verdade, há algumas boas iniciativas dentro do PSL através de Eduardo Bolsonaro, Luiz Phillippe de Orleans e Bragança, Edson Salomão, assim como em alguns municípios, mas são como flores de lótus num pântano sobre a lama, e provavelmente elas acentuam o atrito com a turma mais fisiológica que se apoia nos regimentos e que cansou da fantasia de conservador.
Para o eleitor que apoia o Governo Bolsonaro, seja por simpatia ou porque não tem opção melhor e viável, a solução em 2020 é não votar em candidatos apoiados por esses parlamentares mascarados. Tudo bem que alguns só tirarão as máscaras em 2022, mas muitas já estão caindo agora.