O "terrivelmente evangélico" Advogado-Geral da União está ludibriando Bolsonaro
10/10/2019 às 08:50 Ler na área do assinanteAndré Mendonça, o Advogado-Geral da União (AGU), tem demonstrado, por sua conduta, ser na realidade um homem de confiança do ministro Dias Toffoli, agindo sorrateiramente em benefício dos interesses do magistrado.
É o sujeito “terrivelmente evangélico” que Bolsonaro cogitou nomear para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Todavia, sua atuação tem sido no sentido contrário ao que espera a sociedade.
Quem não se lembra da malfadada licitação das lagostas. Enquanto toda a sociedade desaprovou a conduta do STF, a AGU saiu em defesa, opinando que no caso não havia ‘qualquer violação de moralidade’, sem demonstrar qualquer preocupação com o dinheiro do contribuinte, que é quem paga as injustificáveis mordomias.
Eis que agora, a posição de André Mendonça fica mais nítida quando a AGU, numa ação popular que tramita na Justiça Federal, defende a constitucionalidade do esdrúxulo e manifestamente incontitucional inquérito aberto pelo presidente do STF para apurar supostas ameaças contra ministros da Corte.
Eis parte do petitório da AGU:
“A abertura do inquérito determinada pela portaria hostilizada não cria juízo ou tribunal de exceção. As eventuais conclusões desse procedimento prévio poderão ensejar a instauração de ação penal, a qual tramitará perante a autoridade jurisdicional competente para apreciá-la e julgá-la.”
Segundo o site O Antagonista, a manifestação é assinada pelos advogados da União Alexandre Dantas Coutinho Santos e Júlia Thiebaut Sacramento, que é coordenadora-geral de atuação estratégica da AGU.
Segundo a AGU, o texto constitucional permanece incólume.
“Nem o ministro indicado para conduzir o inquérito, nem o ministro-presidente, atuam como juízes acusadores.”
Da mesma forma, dizem que “o conceito de ‘sede’ e ‘dependências’ deve ser interpretado de forma sistêmica, tendo em vista a nova realidade dos crimes virtuais”.
Enquanto isso o ex advogado do PT Dias Toffoli se movimenta em articulações com o Banco Central para controlar as informações financeiras que eram de responsabilidade do COAF.
A luta é árdua, pois eles são numerosos...
da Redação