O chilique de Gilmar, a punição a Janot e os obstáculos para se chegar ao mandante de Adélio
06/10/2019 às 11:42 Ler na área do assinanteBem que em 2011 a então corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou que há bandidos de toga e que o maior problema da Justiça está nos tribunais e não na primeira instância.
Se bem que a ministra não defendeu a prisão de juízes e desembargadores. Cadeia é só para pé rapados? De lá para cá só piorou.
E vimos esta semana o chilique que deu Gilmar Mendes ao saber que Janot PENSOU em matá-lo e suicidar-se depois. Imediatamente Alexandre de Moraes, o chefe de polícia do STF, que agora tem sua KGB tupiniquim, mandou fazer busca e apreensão na casa do Janot e levou computador, celular, etc.
Descobriu-se então que o pensamento do Janot parece ter sido invenção marqueteira marota para vender seu livro, porque na data mencionada Janot não colocou os pés no STF. Ou seja, a ameaça não existiu.
Agora no Brasil temos imperadores. É deles a última palavra. Agem como se estivessem acima dos outros poderes. E os guardiães (a forma guardiões também está correta, como queiram) da Constituição rasgam a Constituição ao desrespeitarem a harmonia entre os poderes. Agora até leis eles criam para, retroativamente, para anularem as condenações de certos criminosos. Repito que ninguém defende o crime por ideologia.
No entanto, essa mesma justiça que pune pensamentos, não acha nada demais de atos. E impede a investigação de um atentado contra o atual presidente do Brasil. Não deixa que se saiba quem pagou os advogados do Adélio.
Ora, quem pagou tem culpa no cartório, pois os advogados chegaram tão rapidamente após facada, que não matou por um milagre o então candidato líder nas pesquisas, vieram até de jatinho.
Jatinho para defender um “desempregado” que agiu sozinho???
E que foi declarado maluco para impedir delação???
Quem pagou os advogados é suspeito. Perfeitíssimo. E peixe grande, muito grande e poderoso, podem crer.
E a falta de discernimento do Gilmar Mendes, ao caluniar e difamar inclusive o Ministro da Justiça Sérgio Moro, ignorando que na Justiça as manifestações devem ser juntadas aos autos, coisa que até eu que sou jornalista sei — acabará superando Toffoli e Lewandowski e fará com que a abertura do primeiro processo de impeachment de ministro do STF recaia sobre ele.
Cabe ao Senado restabelecer a harmonia entre os poderes e dar um basta à ditadura bolivariana do Judiciário.
Como se não bastasse, PSOL, Rede e PCdoB conseguiram parar na in-Justiça do TCU, que aprova as contas de qualquer candidato corrupto, a publicidade do pacote anti-crime do ministro Sergio Moro. Não faz mal. Nós divulgaremos de graça.
O Brasil mudou. Basta de corrupção. Basta de crime organizado. Basta de as vítimas serem condenadas pela impunidade.
Lucia Sweet
Jornalista