Chegamos a um ponto em que um procurador confessa ter ido armado ao STF para matar um ministro
27/09/2019 às 05:45 Ler na área do assinanteA decisão desta quinta-feira (26) do Supremo Tribunal Federal (STF) demonstra o quão capenga é a nossa democracia e que o estado democrático de direito é uma grande falácia. Paralelamente, fatos novos revelados pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot dão uma demonstração de nossa notável fraqueza institucional.
Segundo o jornal Estadão, Rodrigo Janot disse que no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes.
“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”.
A gravidade dos fatos que por muito pouco não se concretizaram, deu-se em razão de Gilmar ter difundido ‘uma história mentirosa’ envolvendo a filha de Janot.
O ministro para se justificar do pedido de suspeição para atuar no caso Eike Batista, baseado na acusação de que sua esposa era credora de honorários advocatícios do empresário, teria feito acusação semelhante contra a filha de Janot, dizendo que Letícia Ladeira Monteiro de Barros era credora de honorários de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato.
“Janot disse que foi ao Supremo armado, antes da sessão, e encontrou Gilmar na antessala do cafezinho da Corte. ‘Ele estava sozinho’, disse. ‘Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus’, repetiu o procurador ao justificar por que não concretizou a intenção. ‘Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção)’, relatou. ‘Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma ‘mão’ mesmo.”, afirma o texto do Estadão.
Infelizmente, é nisso que figuras como Gilmar Mendes transformaram o nosso STF.
Estamos a beira do caos e a sociedade precisa se manifestar.
da Redação