594 pessoas - 81 senadores e 513 deputados - dividem entre si o árduo trabalho de puxar o Brasil para trás.
Eles mandam no Brasil.
Fazem e desfazem dentro de seu bunker alienado, Brasília.
Aliás, o arquiteto Lucio Costa e Oscar Niemeyer, já prevendo um futuro negro, conceberam Brasilia para ser mesmo um bunker distante da ralé que paga imposto, protegendo a alienada fauna política de sua ira.
Muito longe do povo que realmente desprezam e procuram de dois em dois anos para obter os votos que os mantém no poder, imaginam ainda que o país poderá ser mantido debaixo de suas organizações corruptas, na base do troca-troca eterno de interesses.
Como faziam - e fazem - os velhos dinossauros do Centrão há 50, 60 anos.
Maia - o Botafogo das planilhas da Odebrecht - e Alcolumbre são hoje a marca registrada da demência e ganância por poder e grana desse grupo caquético.
Mais do que isso, são representantes de uma quadrilha silenciosa que quer o país parado e se recusa terminantemente a aceitar qualquer tentativa de evolução social ou econômica.
Porque vivem das sombras, do atraso e da ignorância.
Na luz, eles já estariam extintos há muito tempo.
Assim Maia - hoje o bola oito na sinuca da politicalha - faz o que pode e o que não pode para impedir Bolsonaro de governar.
Desde melar o pacote anticrime de Moro, apresentado em fevereiro e ainda não colocado em pauta por ele - o gorducho representante do Centrão (como é chamada a quadrilha de dinossauros), vai tramando e promovendo um verdadeiro enfrentamento ao governo Bolsonaro.
Aliado a outro peso pesado, Alcolumbre, chefiam essa troupe caricata e retrógrada de 594 pessoas que, esquecendo que são meros funcionários públicos se arrogam o direito de mandar e desmandar em mais de 200 milhões de pessoas.
Se existem ‘bonzinhos’ dentro da ratoeira do Congresso na realidade não importa.
O que importa é o que expelem para a sociedade como entidade e é só.
Os ‘bonzinhos’ que metam a boca no trombone, que apoiem verdadeiramente o povo, que saiam por aí nas ruas em manifestações, etc.
Ficar só choramingando e votando ‘contra’ a bandidagem enquanto recebem os mesmos salários não adianta nada para o povo nas ruas.
Não mesmo.
O povo nas ruas está de saco cheio de mentiras e maracutaias.
E hoje sabe muito bem que é ele que paga o salário absurdo desses meliantes.
O gesto de Botafogo - a aprovação do Fundo dos Trouxas - é tão vergonhoso e irreal que empurra o país para um impasse perigoso.
O impasse do radicalismo.
Onde só um pé na bunda, bem dado, resolve o problema duma vez.
E esse pé na bunda, pra quem conhece a história, vai ser dado fatalmente (e se sabe por quem) mais cedo ou mais tarde, assim que Botafogo ultrapassar o limite.
Que já está próximo, muito próximo.
Marco Angeli Full
https://www.marcoangeli.com.br
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.