Gilmar diz que quer “pedido de desculpas da Lava Jato” e é triturado por procurador
15/09/2019 às 14:25 Ler na área do assinanteA Operação Lava Jato é um patrimônio do país e deve ser reverenciada. Assim pensam as pessoas sérias e decentes.
Entretanto, pela devassa que fez na bandidagem ganhou inúmeros inimigos.
Incompreensível porém é que alguns dos inimigos mais implacáveis da Lava Jato tenham assento na mais alta Corte de Justiça do país.
É o caso do ministro Gilmar Mendes.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o todo poderoso atacou covardemente a Lava Jato, e disse que ela deveria “pedir desculpas ao Brasil”.
O ministro prosseguiu em seu ataque, ainda com mais agressividade:
“Simplesmente dizer: nós erramos, fomos de fato crápulas, cometemos crimes. Queríamos combater o crime, mas cometemos erros crassos, graves, violamos o Estado de Direito.”
Quanto absurdo! Quem é o crápula?
A opinião do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima é bem diferente:
Eis o que ele disse:
“Gilmar Mendes representa o que há de mais podre em nossa elite político-jurídica.
Ele encarna a submissão da Justiça a esse playground de marotos que se tornou o jogo político.
Fala em nome do STF, passa por cima da distribuição interna, solta poderosos a granel, tem contra si inúmeros pedidos de suspeição que não são julgados, e agora sua imensa desfaçatez, protegida pela impossibilidade de ser alcançado por qualquer investigação - já que o inquérito secreto do STF impede que sejam analisadas suas movimentações fiscais - quer imputar à Lava Jato condutas que, se fossem olhadas por um jornalismo corajoso, lhe são comuns nesses anos todos de seu desserviço ao país.
Trata-se de uma infeliz cria de FHC, que sabidamente não tinha grande consideração pela Justiça, já que também impôs ao Brasil oito anos do Engavetador-Geral da República.
Que legitimidade possui o STF em usar material de origem criminosa para falar da suspeição de Moro, quando recusou todos os procedimentos de suspeição de seus ministros, mesmo que extensamente documentadas?
A ex-ministra Eliana Calmon sempre perguntou o motivo pelo qual a Lava Jato nunca chegou ao Judiciário.
A resposta está bem evidente hoje em dia.”
da Redação