A opção mais coerente para Flavio Bolsonaro com relação a CPI da Lava Toga

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Em 1989, um advogado, que trabalhava para Fernando Collor, encontrou um erro técnico na inscrição eleitoral de Silvio Santos, o primeiro colocado nas pesquisas eleitorais. Com isso, derrubaram a candidatura do dono do SBT e o resto da história nós já conhecemos.

Durante os próximos 27 anos, esse advogado agiu nos bastidores, extremamente próximo ao poder, manipulando a história do Brasil. Então, em 2016, assumiu o protagonismo.

Eduardo Cunha, que por quase 3 décadas agiu impunemente e foi um dos homens mais poderosos do Brasil, "deu a cara a tapa", sendo uma das peças chaves no processo de impeachment da Dilma Rousseff.

A exposição custou-lhe a liberdade.

Já dizia o velho ditado: "Prego que se destaca, toma martelada".

Flavio Bolsonaro, por ser filho do Presidente, já tem exposição o suficiente.

Não estou defendendo, aqui, sua inocência. Não sou juiz, nem tive acesso às denúncias. Mas o mesmo foi massacrado pela imprensa, por ser SUSPEITO de um esquema de "rachadinha" muito menor do que o praticado por Érika Kokay, já denunciada, ou André Ceciliano, flagrado no mesmo rastreio da COAF.

O sobrenome lhe imputa um "peso" gigante e, por isso, NÃO PERMITE que tome algumas atitudes.

A CPI "Lava Toga", por exemplo, não é NADA ALÉM de uma forma do Congresso "lavar as mãos" quanto ao STF.

Em vez de assinarem a revogação da PEC da bengala, que limparia 4 cadeiras daquele ninho de urubus, criam uma Comissão burocrática, lenta e ineficiente, como forma de "calar a boca" do povão e, no final, terminar em pizza.

Assinada pelo Flávio, porém, passaria a ser vista como um ATAQUE do presidente ao judiciário, que daria muito combustível para as narrativas fantasiosas da imprensa e seria motivo para ações revanchistas dos ministros, que passariam a "travar" todos os atos do executivo.

A opção, então, é NÃO ASSINAR e trabalhar, nos bastidores, por sua aprovação. Assim, evita uma indisposição entre os poderes e deixa a mídia sem "notícias novas", podendo acusá-lo somente daquilo que, de qualquer forma, já acusava.

O Brasil não é para amadores.

"A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço." (TZU, Sun)
Foto de Felipe Fiamenghi

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

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