Situação de Cunha é insustentável e temporada de Esteves na cadeia não tem mais prazo

30/11/2015 às 06:30 Ler na área do assinante

Os documentos encontrados pela Polícia Federal na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, motivaram o Ministério Público a requerer que o próprio Ferreira e o banqueiro André Esteves continuassem presos, por tempo indeterminado, o que foi prontamente aceito pelo ministro Teori Zavascki.

De acordo com a papelada, o banco BTG Pactual teria pago R$ 45 milhões ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje presidente da Câmara, para ver interesse do banco atendido em uma emenda à uma medida provisória, que tratava de operações bancárias, onde teria sido beneficiado diretamente o BTG Pactual, numa sinistra operação de R$ 1,5 bilhão, referentes aos créditos tributários do antigo banco Bamerindus, comprado por André Esteves, em janeiro de 2013.

Os envolvidos - principalmente Cunha e Esteves - como primeira reação negam os fatos e a propina, mas o emaranhado de informações já é muito grande e vai aumentar, o que já torna totalmente insustentável a permanência do deputado na presidência da Câmara.

Até festa houve para comemorar a façanha. Cunha e Esteves estavam lá.

O conjunto de papéis e documentos apreendidos também declinava, além da propina paga a Cunha, um roteiro que seria seguido pelo senador Delcídio do Amaral em eventuais conversações com ministros do STJ e do STF, com o objetivo de conseguir o deferimento de um habeas corpus para Nestor Cerveró e dai, sua consequente e articulada fuga.

Assim sendo, a esdruxula tese aventada por Delcídio, de que a questão que envolvia suas conversas com Bernardo Cerveró, era humanitária, cai totalmente por terra, reforçando a hipótese de que só lhe resta a delação premiada, que neste final de semana foi defendida pela esposa, Maika Amaral.

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da Redação
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