Por que a política atrai tantos canalhas?

01/09/2019 às 09:42 Ler na área do assinante

A dinâmica política na chamada “democracia” brasileira comprova, com todas as letras, que não são as IDEOLOGIAS POLÍTICAS, seja de direita, centro, esquerda, ou qualquer outra, porém o CARÁTER do povo, representado pela maioria dos seus eleitores, e o caráter dos seus mandatários políticos, o fator determinante das suas realidades moral, política, social e econômica.

Por razões difíceis de explicar, o mau-caratismo tem preferido acampar nas políticas da “esquerda” e do “centro”, embora os haja também na “direita”, porém com menor expressão.

Resumidamente, portanto, no fundo, e antes de tudo, o problema não é político. É moral.

Atribui-se a Joseph Marie de Maistre (1753-1821), filósofo francês, a autoria da frase “cada povo tem o governo que merece”. E o povo brasileiro não escapa desse veredicto.

Nessas circunstâncias, não se erra quando se diz que “os políticos têm a cara do seu povo”, e que, na via inversa, também “o povo tem a cara dos seus políticos”.

Muitos entendidos no assunto já disseram que se fizerem uma boa propaganda em cima das “maravilhas e do sabor da merda”, grande parte dos consumidores vão acabar comendo merda, sem reclamar, e achando muito bom.

Agora mesmo parece que estão fazendo exatamente isso com aquele famoso apresentador da Globo, repetindo-se a tentativa anterior de levá-lo a ocupar a cadeira presidencial na eleição de 2018. Esse “cara” seria certamente o candidato ideal para esquerda reforçada pelos interesses desonestos da grande mídia, se porventura Lula não conseguir competir.

E suas chances de vencer seriam grandes.

É que em virtude da memória curta da maioria dos eleitores, talvez não lembrassem que tudo de ruim que anda por aí não foi “construído” por Bolsonaro, porém “herdado” por ele, e construído antes pelos seus opositores. Pura canalhice política, sem dúvida.

Esse tipo de convencimento se assemelha muito à lavagem cerebral idealizada por Hitler, desde a “Mein Kampf”, executada magistralmente pelo seu Ministro da Propaganda, “Doktor” Joseph Goebbels, segundo a qual “a mentira repetida muitas vezes acaba se tornando verdade”.

E os imbecis políticos que portam irresponsavelmente um título eleitoral acabam caindo nessa armadilha da mídia como “patinhos”, escolhendo, “democraticamente”, os piores.

Essa “democracia” pervertida foi alvo de estudos e conclusões do historiador e geógrafo grego POLIBIO (204 aC-120 aC ), segundo o qual a democracia deixa de ser democracia quando impregnada de vícios, quando se transforma em OCLOCRACIA, que resumidamente pode ser definida como a “democracia” corrompida, degenerada, deturpada, falsa, “ao avesso”, praticada pela massa ignara e despolitizada, em proveito da patifaria que se adona da política e tem especial vocação para enganar o povo e dele só tirar proveito. Nessas condições, a “democracia” se torna uma armadilha perigosa, que só traz a desgraça ao povo e a “felicidade” dos políticos.

As eleições periódicas realizadas no Brasil em todos os tempos demonstram, com raras exceções, que até agora mais se praticou “oclocracia”, ao invés da democracia.

E nem é preciso ir muito longe no tempo para essa verificação.

As recentes eleições de outubro de 2018 demonstraram com clareza solar que os seus resultados não foram muito diferente das eleições anteriores. A patifaria política, com algumas mudanças de “caras”, continuou no seu trono. Os novos patifes somaram forças com os velhos patifes, e agora chegam a formar “alianças”. Alianças da “patifaria”, portanto.

Apesar da maioria dos eleitores ter jogado todas as suas esperanças de mudanças na eleição de Jair Bolsonaro, que venceu o pleito presidencial, dita expectativa está sendo consideravelmente atrapalhada, pela simples razão do novo Presidente da República ter ficado REFÉM da velha patifaria política acampada no poder, e que construiu o aparato jurídico que acorrenta Bolsonaro e o impede de fazer as mudanças que havia prometido, inclusive mediante o “aparelhamento” das leis e dos Tribunais Superiores, do que não está encontrando condições de se livrar.

É por essa razão que a virtude da CORAGEM precisa se aproximar ainda mais de Bolsonaro. Sem ela, o país corre o risco de cair novamente nas mãos dos políticos responsáveis pela desgraça política que assola o país e que começou lá em 1985, já que não surgiu durante todo esse tempo novas alternativas políticas viáveis, continuando a “oposição” representada unicamente pelos “velhos” responsáveis pela situação atual, hoje capitaneados pelo PT.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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