Professor da UFPEL é vítima de retaliações e assédio moral por críticas e denúncias contra a esquerda radical universitária
20/08/2019 às 13:04 Ler na área do assinanteAlém de violentarem a língua portuguesa, “estudantes”, “gestores” e “professores” esquerdistas da UFPEL violentaram seriamente a liberdade de expressão com nota de repúdio a professor liberal que denunciou o aparelhamento das Universidades para fins torpes, o que incluía mesmo especulações sobre como atentar contra a vida do atual presidente da República Jair Bolsonaro.
Tal nota escancara a necessidade de que mais professores e estudantes rompam com o reacionarismo vigente em nossas universidades, um reacionarismo expresso na tal “nota” e atiçado pelo fato de que finalmente começam a surgir vozes dissonantes que defendem um dos valores fundamentais para nossa prosperidade, a saber, a LIBERDADE.
O artigo foi publicado no Jornal da Cidade Online pelo professor Carlos Adriano Ferraz, uma denúncia recheada de provas de seu conteúdo, sob o seguinte título: "GRAVÍSSIMO! Estudantes da UFPEL especulam como atentar contra a vida de Bolsonaro no dia 12, quando ele estará no RS"
Veja a íntegra da infame nota:
NOTA OFICIAL DE REPÚDIO E PEDIDO DE ESCLARECIMENTO DO CENTRO ACADÊMICO DE FILOSOFIA - UFPEL:
Uma nota de RESISTÊNCIA e LUTA
Veio a público recentemente um texto de opinião, onde o Prof. Carlos Adriano Ferraz associa estudantes da UFPel a um suposto atentado a vida do atual presidente, por não aceitarem suas políticas de governo e sua visão de mundo. Além disso nesse mesmo texto se demonstra jocoso a comunidade acadêmica da UFPel.
O CAFil (Centro Acadêmico de Filosofia) vem por meio desta nota demonstrar nosso imenso repúdio as falácias mentirosas veiculadas aos alunos da UFPEL pelo professor Carlos Adriano Ferraz, pois de fato não há e não houve sequer um planejamento de qualquer tipo de tentativa de atentar contra a vida do atual presidente da República, quando o mesmo esteve em solo pelotense no último dia 12, bem como repudiamos a postura do Prof. Carlos Ferraz para com colegas professores e gestores da UFPel nesse mesmo texto.
Somos a favor da liberdade de expressão e sabemos da importância de um debate democrático, amplo, plural e pacífico no âmbito acadêmico, naquilo em que o referido professor chama de ‘mercado livre de ideias’, porém ressaltamos nossa mais profunda indignação quando contraditoriamente, em tom de chacota, o citado funcionário público chama a mente esquerdista de disfuncional, o que não parece a nós uma postura democrática, ou capaz de ouvir o diferente. É importante lembrar que em textos anteriores o mesmo professor demonstrou escárnio a linhas teóricas presentes na academia em geral, chamando de irrelevantes e tolices. Para nós o faz, por simplesmente discordarem de sua visão política, uma vez que muitas delas são estudadas amplamente no mundo inteiro.
Queremos também ressaltar o notório desprezo do Prof. Carlos Ferraz ao ensino público, nota-se como em seu texto chama de alvissareiro o projeto FUTURE-SE de Abraham Weintraub, e como parece gostar do desmonte que o mesmo projeto causa ao ensino superior público e de qualidade. O que mais choca é usar como base do seu argumento a acusação de que as universidades públicas atuais são uma estrutura viciosa e ineficiente, e estranhamente o referido professor ser parte do corpo docente de uma e ter feito carreira acadêmica também nesses espaços. Talvez ele veja em sua própria prática em sala de aula uma ineficiência viciosa?
Vale citar que em seu texto o Prof. demonstra dar uma demasiada importância para com um grupo fechado de Facebook onde supostamente existe um autoritarismo acadêmico, o que para nós, dar essa importância é curioso e sintomático do próprio pensamento político e sua recente maneira de expressão pública exacerbada no trato com as redes sociais. E também, como tantas outras coisas, contraditório uma vez em que no próprio texto reconhece a não-oficialidade do grupo e como ele não representa os modos de pensar da universidade.
Porém em uma coisa convergimos professor, também notamos que a universidade vai além dos seus próprios muros, e o que é dito nela e fora dela quando em referência a sua comunidade acadêmica tem importância sim. Quando o sr. associa atentados terroristas a alunos seja onde for, a peso no que é dito, e os estudantes não ficam calados perante tal acusação irresponsável.
Os estudantes não estão de maneira passiva vendo os ataques a eles e as universidades, pelo governo federal e seus apoiadores. Seja em blogs, redes sociais ou mesmo em sala de aula, não vamos tolerar o intolerante, o lobo em pele de carneiro que diz que “urgem medidas severas” e depois fala em debate plural. E nós como CAFil vamos estar ao lado dos estudantes da UFPel na luta e na resistência pela defesa de nossa universidade e da educação pública e de qualidade que está em risco como um todo em nosso país.
Mas associado a está nota de completo repúdio também cobramos o esclarecimento e posicionamento do IFISP quanto ao comportamento do Prof. Carlos Adriano Ferraz. Não é na segurança do silêncio em que nós alunos entenderemos como alguém em determinada posição de professor de ensino público federal, com dedicação exclusiva, possa falar o que bem quiser de membros e gestores da instituição, linhas teóricas pesquisadas e estudadas no interior da universidade e contra a pŕópria UFPel como um todo.
Gostaríamos de novamente reafirmar o compromisso do CAFil com a educação e sua luta pela defesa da universidade pública e de seus alunos. Repudiamos qualquer ato de violência mas não nos intimidaremos com atitudes de professores e governantes que venham tentar menosprezar ou criminalizar a luta em defesa de uma educação pública de qualidade.
Att Centro Acadêmico da Filosofia - Pensando Afronte
Apoio CAFF Ciência Sociais - UFPel
16 de agosto de 2019
O artigo em específico (citado na nota) pode ser lido aqui:
da Redação